PF aponta crime de homem que ameaçou diretores da Anvisa por e-mail

21 de Dezembro 2021 - 20h00

A Polícia Federal concluiu que houve crime de ameaça em e-mails enviados a diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em novembro, por um homem que se diz contrário à vacinação de crianças contra a Covid.

A Globo apurou que, na semana passada, a Procuradoria da República no Distrito Federal denunciou o homem à 15ª Vara de Federal de Brasília por crime de ameaça.

Com isso, caberá à Justiça avaliar se há elementos que justifiquem torná-lo réu, a fim de que responda a uma ação penal.

Na mensagem, o homem diz que pretende retirar o filho da escola para evitar que ele tenha que tomar uma "vacina experimental", e que "quem ameaçar, quem atentar contra a segurança física do meu filho: será morto. Isso não é uma ameaça. É um estabelecimento".

O delegado responsável pelas investigações diz que, ao fim dos depoimentos, "restou claro que o 'estabelecimento' prolatado [...] seria mais que uma ameaça, mas uma certeza de que o mal injusto e grave ocorreria".

Apesar disso, o chefe do inquérito decidiu não pedir o indiciamento do homem investigado porque a ameaça é um crime de menor potencial ofensivo — o Código Penal prevê detenção de um a seis meses para quem é condenado por essa conduta.

Uma instrução normativa em vigor desde 2016 proíbe os delegados da Polícia Federal de indiciar alguém por crimes de menor potencial ofensivo.

G1.

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