Policiais abandonam negociação com Governo após serem chamados de "irresponsáveis" pelo vice-governador
Mais do que uma proposta "absurda" do Governo do RN, a postura do vice-governador Antenor Roberto (PC do B) na negociação com os policiais civis foi um ponto de enorme insatisfação revelado pelo Sindicato dos Agentes da PCRN (Sinpol), Associação de Escrivães (Assesp) e pela Associação de Delegados (Adepol). Tanto é que na noite desta quarta-feira (10), a reunião que tinha o objetivo de firmar um acordo, acabou com os policiais civis se levantando da mesa e suspendendo o diálogo após serem chamados de "irresponsáveis" pelo vice-governador.
Do lado de fora da Governadoria, inclusive, houve protesto da categoria, cobrando "fora Antenor". Minutos depois, notas de repúdio das duas entidades. "Além da absurda proposta, os representantes das entidades não aceitaram a postura desrespeitosa do vice-governador, Antenor Roberto, que chegou a chamá-los de irresponsáveis e afirmou que não havia motivo para a reivindicação. Desta forma, os policiais se retiraram da mesa de negociação", afirmou a Adepol por meio de nota enviada a imprensa.
Além disso, segundo o Sinpol, houve também ameaças por parte do vice-governador. "Desde a terça, o vice-governador já vinha insinuando que os policiais não tinham motivo para lutar e se mobilizar. Já nesta quarta-feira, Antenor Roberto fez ameaças ao movimento da categoria e desrespeitou os representantes do SINPOL-RN, da Assesp-RN e da Adepol-RN que estavam à mesa", revelou o Sindicato.
PROPOSTA
De acordo com a Adepol, a proposta apresentada pelo Governo do Estado na reunião foi considerada um desastre. Para as entidades, trata-se de uma versão piorada de uma proposta já feita no início da negociação e rejeitada com veemência por eles.
O formato apresentado desta vez, sob o pretexto de incorporar os valores recebidos como Adicional por Tempo de Serviço (ADTS), acabaria inviabilizando progressões na carreira, além de gerar disparidade salarial entre integrantes de uma mesma classe, e, finalmente, não atacar a inconstitucionalidade questionada sobre o anuênio.
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