Prefeito do RJ revela que crime organizado cobra R$ 400 mil por obra pública

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD; foto), acusou o crime organizado de extorquir uma empreiteira responsável pelas obras do Parque Piedade, localizado na Zona Norte da cidade.

“Recebi agora informações de que o crime organizado está pedindo dinheiro para a empreiteira responsável pelas obras do Parque Piedade aonde funcionava a antiga faculdade Gama Filho”, publicou Paes no X, rede social anteriormente conhecida como Twitter

O prefeito dirigiu a publicação à Polícia Federal  e a Ricardo Cappelli.

Número 2 de Dino e ex-interventor federal no DF pós-8 de janeiro, Cappelli é o secretário-executivo do Ministério da Justiça.

“Ameaçam paralisar as obras caso o pagamento não aconteça. Obviamente não vamos aceitar. Maiores informações com o secretário de Ordem Pública delegado, Brenno Carnevale!”, acrescentou Paes.

De acordo com o prefeito, os criminosos exigiram o pagamento de R$ 500 mil à empresa e ameaçaram paralisar a construção caso o valor não seja pago.

“Valor da obra é de 65 Milhões e eles estão pedindo 500mil. Pedido foi feito direto à empreiteira”, disse Paes.

A denúncia está sendo investigada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).

Segundo O Globo, na tarde desta segunda-feira, 8, um grupo de três pessoas compareceu ao canteiro de obras para cobrar o pagamento exigido.

Após receber a ameaça, a empresa comunicou à prefeitura sobre a extorsão sofrida.

A área do Parque Piedade, que possui cerca de 18 mil metros quadrados, abrigava o campus da Universidade Gama Filho e estava abandonada desde 2014, quando a instituição privada de ensino superior faliu.

A previsão da prefeitura do Rio é inaugurar o novo parque até o final de 2025.

As autoridades cariocas trabalham com um investimento total de R$ 58 milhões.

Além disso, serão destinados mais R$ 47 milhões para a desapropriação da área do parque, cujo valor está sendo depositado em juízo.

Com informações do O Antagonista