Prefeito que casou com adolescente e empregou a sogra é alvo de operação do MP
Órgãos do Ministério Público do Paraná (MP-PR) fizeram uma operação na manhã desta quinta-feira (1º) na casa do prefeito Hissam Hussein Dehaini, de Araucária, para apurar possíveis crimes contra a administração pública.
O MP não informou quais possíveis crimes são investigados, porém, em abril deste ano, o MP-PR confirmou que apurava a possível prática de nepotismo na prefeitura, após Hissam nomear a própria sogra para o cargo de secretária municipal. A nomeação foi dois dias antes dele casar com a filha da servidora, uma adolescente de 16 anos.
Segundo o órgão, o procedimento tramita em segredo de Justiça em "razão da natureza dos delitos investigados". Foram 10 mandados de busca e apreensão cumpridos também na Prefeitura de Araucária e em Curitiba.
Além de Hissam, há outros investigados, mas o MP não detalhou quantos, nem nomes. A operação foi nomeada Scambio. O MP confirmou, ainda, que outros possíveis crimes são investigados, mas não disse quais.
Em nota, a prefeitura confirmou a operação no paço municipal e a inspeção de agentes no andar do governo e no jurídico. Nestes setores, nada foi apreendido ou copiado, segundo a administração.
A operação desta quinta foi realizada pela subprocuradoria-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MP, Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e promotorias com atuação nas áreas da Infância e Juventude e da Proteção ao Patrimônio Público.
Em abril deste ano, o prefeito, de 65 anos, foi alvo de uma polêmica após se casar com uma adolescente de 16 anos - idade mínima para união de menores de 18 anos no país.
Depois do casamento, vieram à tona nomeações de parentes de Hissam na prefeitura, incluindo a mãe da adolescente, Marilene Rôde, como secretária municipal de Cultura e Turismo. Com a repercussão do caso, ele exonerou a sogra.
Em 25 de abril, o Ministério Público do Paraná afirmou que apurava a situação para verificar a possível prática de nepotismo, considerado ato de improbidade administrativa pela legislação federal. As informações são do G1.
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