Protestos contra a reeleição de Maduro na Venezuela deixam seis mortos e 132 detidos

30 de julho 2024 - 16h28

Pelo menos seis pessoas morreram durante os protestos na Venezuela contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. De acordo com o Foro Penal, um grupo de ativistas de Direitos Humanos especializado em prisioneiros políticos, pelo menos 132 pessoas foram detidas nas manifestações ocorridas em todo o país até a última segunda-feira (29).

Ao longo do dia, símbolos relacionados ao chavismo, como outdoor com o rosto de Maduro e estátuas de Hugo Chávez, foram destruídos por manifestantes. Panelas também foram levadas às ruas para um “panelaço” e passeatas massivas foram registradas.

A oposição não reconheceu os resultados do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), mas não convocou protestos para esta segunda-feira. Mesmo assim, milhares de pessoas manifestaram seu descontentamento desde as primeiras horas do dia.

Em paralelo, Maduro denunciou uma tentativa de “golpe de Estado” contra seu governo. “Estão ensaiando os primeiros passos fracassados para desestabilizar a Venezuela e para impor novamente um manto de agressões e danos.”

A oposição denuncia uma fraude e disse ter “como provar a verdade” de que a eleição foi vencida por Edmundo González Uruttia no domingo. Machado explicou que, após ter acesso a cópias de 73% das atas da apuração, a projeção é de uma vitória da oposição com 6,27 milhões de votos, contra 2,75 milhões para Maduro.

Em uma transmissão ao vivo do palácio presidencial, Maduro afirmou que as forças de segurança estavam agindo contra “manifestantes violentos”.

Conforme as recomendações do Itamaraty, os brasileiros devem se manter atualizados sobre a segurança nas áreas onde se encontram por meio de páginas oficiais. “O Itamaraty recomenda evitar aglomerações e estar ciente dos riscos presentes em determinadas regiões”, diz a nota.

R7

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