Passageiros da Gol Linhas Aéreas estão há dias tentando deixar Fernando de Noronha e ficaram 'presas' no aeroporto da ilha para tentar conseguir um voo. Turistas enfrentam dificuldades desde a semana passada, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vetou os pousos de aeronaves com motores a reação, chamados de turbojatos, por causa das condições da pista do aeroporto, que apresenta rachaduras no asfalto.
A Gol não informou quantas pessoas tiveram voos cancelados após a proibição e nem quantas continuam esperando por um voo para sair da ilha. No entanto, passageiros que estavam no aeroporto na segunda (17) afirmam que, ao menos, 26 pessoas tentavam deixar Fernando de Noronha e enfrentavam dificuldades.
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Motivada pela "verificação de risco à segurança das operações, dos passageiros e tripulantes", a proibição vale por prazo indeterminado, segundo a Anac.
O gerente executivo da Dix, empresa responsável pela administração do Aeroporto de Fernando de Noronha, Samuel Prado, explicou que o pavimento da pista está saturado e precisa de reforma.
Entre os tipos de aeronaves afetados pela proibição estão modelos Boeing e Embraer, que transportam mais de 110 pessoas e eram utilizados pelas companhias para voos para a ilha.
A Azul, por exemplo, fez a substituição por aeronaves ATR72-600, com capacidade para 70 passageiros.
Como a situação dos turistas será resolvida?
Passageiros que esperam por um voo relataram, na segunda, que funcionários da Gol informaram no aeroporto que é necessário que haja vaga em um voo da Azul para que eles possam ser alocados.
Um pouco depois, a Gol comunicou que deve realizar, na quarta (19), "uma operação extra" para atender os clientes que compraram o trecho Noronha-Recife e permanecem na ilha.
Quais os prejuízos causados?
O dono de pousada Júlio César da Costa disse que está acumulando prejuízos desde o anúncio das restrições de voos para Fernando de Noronha. Ele contabilizou, em quatro dias, prejuízos de R$ 50 mil.
Quando a situação será normalizada?
Em nota enviada no dia 6 de outubro, a Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos de Pernambuco (Seinfra) informou que a expectativa do governo é executar a obra emergencial na pista em 60 dias.
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