O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) pediu a prisão temporária de Bruno de Souza Rodrigues e de Jeander Vinícius da Silva Braga, apontados como responsáveis pelo assassinato do ator Jeff Machado.
O crime teria sido premeditado por Bruno, com auxílio de Jeander, segundo o pedido de prisão assinado pelo promotor de Justiça Sauvei Lai. A Polícia Civil indiciou ambos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
“Os ora indiciados são suspeitos de praticarem os crimes de homicídio e de ocultação de cadáver contra Jefferson, aproveitando-se do momento em que mantinham relação sexual com a vítima para pôr em prática plano criminoso, estrangulando-a e colocando o seu cadáver em um baú, para, posteriormente, ocultá-lo no terreno do imóvel alugado por Bruno, onde o enterraram e concretaram a cerca de dois metros de profundidade”, diz o pedido de prisão.
Entenda o caso
O ator Jeff Machado, de 44 anos, foi encontrado morto e enterrado em um baú sob dois metros de concreto, no quintal de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na segunda-feira (22). Ele estava com os braços amarrados acima da cabeça e ferimentos no pescoço.
Ele estava desaparecido desde janeiro. À época, interpretava um soldado filisteu na novela Reis, exibida desde março de 2022 na Record TV.
De acordo com as investigações, Bruno e Jeander tinham como objetivo obter vantagens econômicas da vítima, como a venda do imóvel e do carro.
Bruno Rodrigues era produtor artístico e amigo do ator. Segundo as investigações, Bruno sublocou o imóvel onde o corpo foi encontrado e chegou a movimentar cerca de R$ 5 mil na conta de Jeff Machado após o registro do desaparecimento na delegacia.
Além de Bruno, a polícia indiciou Jeander Vinicius da Silva, que também era próximo da vítima. Durante depoimento, Jeander confessou que ocultou o corpo do ator, mas negou o assassinato.
À CNN, o advogado de Bruno Rodrigues afirmou que aguarda com serenidade o avanço das investigações.
“Apesar do corpo de Jefferson Machado ter sido localizado, as circunstâncias de sua morte e as hipóteses ainda não foram totalmente descartadas. Ainda há diligências em andamento e assim que elas forem produzidas e entregues à defesa, essa se compromete a se manifestar de modo mais específico”, afirma João Maia, advogado do suspeito.
CNN Brasil
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