Tebet: “Quem do MDB não está comigo esteve no mensalão e no petrolão”; Walter e Garibaldi não estão com ela

13 de Setembro 2022 - 23h43

Parece que não pegou bem no Rio Grande do Norte a declaração da candidato a Presidência da República, Simone Tebet, do MDB, sobre os emedebistas que não estão com ela na disputa eleitoral. Isso porque, segundo Simone, “quem do MDB não está comigo esteve no mensalão e no petrolão”. No RN, as principais lideranças do partido, Walter Alves e Garibaldi Alves Filho, não estão com ela. 

Os dois já avisaram algumas vezes que pretendem votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência. Até porque os dois estão no grupo encabeçado pela governadora Fátima Bezerra e, diferente do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT), já até anunciaram apoio ao petista. Em entrevista na 96, inclusive, Garibaldi Alves Filho chegou a fazer essa afirmação. Relembre: 

Vale lembrar, inclusive, que segundo Garibaldi Filho, foi pedido de Lula que ele se aliasse com Fátima. Chegou a oferecer a vaga de candidato ao Senado a ele. A aliança, no entanto, acabou sendo firmada com a ida de Walter Alves para a chapa majoritária. 

A declaração de Simone Tebet foi feita nesta terça-feira (13). Segundo ela, os nomes de seu partido que não a apoiam estiveram aliados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante escândalos de corrupção que envolveram os governos petistas.

“Quem não está comigo, dentro do meu partido, nunca esteve comigo. Esteve lá no escândalo do mensalão, do petrolão, do ex-presidente Lula. Então não tem sentido agora que o ex-presidente Lula também é candidato eles estarem comigo. Eles fazem parte daquela história. Eu os respeito. Pelo menos eles têm a coerência de continuarem a estar do outro lado”, disse durante caminhada em Salvador.

A candidata do MDB disse, contudo, que respeita os palanques regionais. Segundo ela, o objetivo da legenda não é só alavancar seu nome, mas de todo o grupo político que o compõe. “Onde eu não tenho o apoio dos candidatos a governadores, eu só preciso de um caixote e de um microfone”, afirmou ainda.

Em abril, Lula jantou com caciques do MDB em Brasília, em busca de apoio. Em meados de julho, lideranças de 11 diretórios do partido declaram apoio à candidatura do ex-presidente em encontro com ele em São Paulo. Os eventos expuseram um racha dentro da legenda em torno da candidatura de Tebet.
 

Deixe o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado