Transferência de presos, novas câmeras e reforço na luminária: veja o que mudou na Penitenciária Federal de Mossoró após fuga

05 de Abril 2024 - 16h21

Desde a fuga de dois presos no dia 14 de fevereiro, a Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e as outras quatro unidades de segurança máxima do Brasil passaram por uma série de "providências, revistas e vistorias". Foi o que afirmou o secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen), André Garcia, nesta quinta-feira (4).

Os fugitivos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram recapturados nesta quinta em Marabá, no Pará, no 51º dia de buscas. A cidade fica 1,6 mil quilômetros distante de Mossoró.

Os dois presos retornaram ainda na noite desta quinta para a Penitenciária Federal de Mossoró, de onde haviam escapado, para o cumprimento das penas. Os dois ficarão em celas separadas e sob constante monitoramento, segundo o Ministério da Justiça. Desde a fuga dos dois, a unidade passou por algumas mudanças.

Segundo o secretário, entre as medidas tomadas estão a troca de iluminação e a compra de novas câmeras de monitoramento para todas as unidades federais de segurança máxima. Segundo o Senappen, também estão sendo construídas muralhas nas cinco unidades federais de segurança máxima no país.

Na Penitenciária de Mossoró também houve a transferência de presos para outras unidades, a instalação de reforços nas grades das luminárias das celas, e a aplicação de cursos e treinamentos de capacitação para os policiais penais.

Uma das medidas tomadas na Penitenciária Federal de Mossoró após a fuga foi a instalação de barras de ferro nas luminárias das celas, em fevereiro. Deibson e Rogério conseguiram escapar das celas individuais ao arrancarem essas luminárias e passarem pela brecha deixada.

"As revistas são diárias em todas as unidades. Os problemas estruturais que foram apontados foram corrigidos. Estamos determinados, como disse desde o dia do evento, que esse fato seja irrepetível, que não vai acontecer mais no sistema penitenciário federal", disse o secretário André Garcia.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também enviou, em fevereiro, cerca de 50 profissionais da Força Penal Nacional para reforçar a segurança no entorno da Penitenciária Federal de Mossoró e realizar treinamentos e cursos de capacitação com os servidores da unidade. A previsão é que a Força Penal Nacional fique por 60 dias na unidade.

Outra medida tomada pelo Ministério da Justiça após a fuga de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foi a transferência de presos.

Desde o dia 14 de fevereiro, pelo menos 38 presos foram transferidos da Penitenciária Federal de Mossoró, entre eles Fernandinho Beira-Mar, chefe do Comando Vermelho, a mesma facção a qual pertencem os exs fugitivos.

G1 RN

 

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