Imagens aéreas, divulgadas pela Defesa Civil de Alagoas, mostram o avanço do risco iminente de afundamento no solo em parte da cidade de Maceió, devido à exploração de sal-gema da petroquímica Braskem.
Atualização mais recente da Defesa Civil informou que o deslocamento do solo na mina nº 18 reduziu para 0,25 cm por hora, apresentando um movimento de 6 cm nas últimas 24 horas. O afundamento na mina é de 1,77 metros. A informação é do Metrópoles.
Mesmo com a desaceleração, o órgão reforça que a região permanece em alerta máximo “devido ao risco iminente de colapso da mina nº 18”. A Defesa Civil recomenda que a população não transite na área desocupada até nova atualização.
Em uma imagem feita na sexta-feira (1º) é possível notar que a água da Lagoa Mundaú avança aos poucos sobre o solo. Já a divulgada no domingo mostra que a água avançou — indicando o aumento do afundamento do solo de um dia para o outro.
Famílias realocadas, e outras que vivem perto das minas e ainda aguardam uma definição, reclamam da lentidão do poder público em oferecer soluções para o drama que já obrigou mais de 50 mil pessoas a se mudar, deixando bairros fantasmas para trás.
Na noite da quarta-feira, 28 de novembro, a Defesa Civil de Maceió emitiu a primeira nota informando o registro de tremores de terra em uma das regiões isoladas, no bairro do Mutange, e intensificou o monitoramento em todo o local.
Os sismos se intensificaram na quinta-feira, 29, e a Defesa Civil municipal comunicou o risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas, mais especificamente a de nº 18, que fica próximo ao antigo campo do CSA, no Mutange.
O prefeito de Maceió, JHC (PL-AL), decretou situação de emergência por 180 dias na capital e criou um gabinete de crise para coordenar as ações na área de risco.
A Justiça Federal determinou a retirada compulsória de 23 famílias que ainda estavam na área definida para realocação urgente, com maior nível de criticidade.
Na sexta-feira (30), a Defesa Civil de Maceió atualizou o Mapa de Linhas de Ações Prioritárias e aumentou as áreas de monitoramento e de maior criticidade.
Nova decisão da Justiça Federal determinou a inclusão de área do Bom Parto no programa de compensação e realocação da Braskem, tomando como base a atualização do Mapa da Defesa Civil.
A Defesa Civil municipal recomendou que moradores de áreas de menor criticidade, mas que estão dentro do mapa de monitoramento, saiam de suas casas e se abriguem em escolas da prefeitura como forma de precaução.
Na noite da sexta-feira, 1º, foi registrada uma diminuição na velocidade de afundamento da mina 18, sob risco de colapso.
No sábado (2) e domingo (3), a situação de afundamento da mina apresentou certa estabilidade, considerando a diminuição da velocidade no deslocamento vertical, mas os órgãos permanecem sob alerta máximo para o risco de colapso.
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