[VIDEO] Mossoró: Empresa contratada para obra em presídio pertencia a "laranja"

21 de Fevereiro 2024 - 16h07

Mais um item grave foi adicionado a lista do escândalo que se tornou a fuga do presídio federal de Mossoró. Segundo do Jornal Estadão, o governo federal contratou a empresa pertencente a um "laranja" para realizar obras de manutenção dentro da penitenciária. A desorganização da obra é vista como um dos responsáveis pela fuga, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. 

Segundo o Estadão, a empresa em questão, chamada R7 Facilities, tem um faturamento anual de 195 milhões de reais, mas seu proprietário, registrado oficialmente, é um beneficiário do auxílio emergencial que mora na periferia de Brasília.

O contrato foi assinado em abril de 2022, durante a gestão de Anderson Torres no Ministério da Justiça do Governo Bolsonaro, mas prorrogado em abril de 2023, já na gestão de Flávio Dino, do Governo Lula. Curiosamente, os contratos foram firmados pelos setores responsáveis pelos presídios no Ministério, sem a participação direta dos ex-titulares da pasta.

Segundo o Estadão, há suspeitas de que uma das reformas realizadas tenha facilitado a fuga dos presos Rogério da Silva Mendonça, conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, o Deisinho, ligados ao Comando Vermelho, embora não tenha sido determinado qual obra especificamente teria contribuído para que eles conseguissem fugir.

RICARDO LEWANDOWSKI

Já na geestão Ricardo Lewandowski, o Ministério da Justiça informou que vai acionar os órgãos competentes para realizar uma rigorosa investigação sobre a empresa em questão. A pasta ressaltou que, na assinatura do contrato em 2022, a empresa atendeu a todos os requisitos técnicos e apresentou todas as certidões necessárias, cumprindo suas obrigações até o momento.

Contudo, na primeira entrevista coletiva depois da fuga do presídio federal, o atual ministro afirmou que a desorganização da obra foi um dos motivadores para os dois presos terem conseguido fugir. Isso porque, segundo o ministro, as ferramentas espalhadas no canteiro de obras teriam facilitado que os itens fossem usados pelos fugitivos para romper a grade e ganhar a liberdade. 

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