[VIDEO] Opinião: Por que facilitaram fuga de matadores do Comando Vermelho?
Nada de integrantes do núcleo de "pensadores" da facção criminosa Comando Vermelho. Os dois presos que fugiram da penitenciária federal de Mossoró - Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento - são considerados pessoas "do front", com longo histórico de assassinatos, vários deles a mando da facção criminosa. Ou seja: eram os "matadores" do CV.
O assunto foi discutido no Povo no Rádio (veja no link acima), com base em informações divulgadas pelo G1 e pelo Portal 96. Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos. Condenado a 74 anos de prisão, responde a mais de 50 processos, entre os quais contam os crimes de homicídio e roubo.
Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho". Seu nome está ligado a mais de 30 processos nos quais responde pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e roubo. Ele tem 81 anos de prisão em condenações.
Ligados ao Comando Vermelho, Rogério e Deisinho estavam no presídio de segurança máxima em Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos - três deles decapitados.
Em Mossoró, eles estavam sob o mesmo teto do líder do Comando Vermelho, Fernandinho Beira-Mar, que voltou para o presídio em janeiro deste ano. Diferente de Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, Beira-Mar seria líder intelectual da facção criminosa, responsável, justamente, por dar as "ordens" para os presos.
FACILITAÇÃO NA FUGA
Diferente do que foi divulgado inicialmente, a fuga não ocorreu durante o banho de sol e sim pelo local onde esse "banho" acontece. Isso porque a fuga aconteceu às 3h17 da madrugada, segundo informação vazada, divulgada pela CNN Brasil. Contudo, o sumiço dos dois só foi percebido quando o dia amanheceu.
Os fugitivos teriam escalado uma das luminárias e tido acesso ao teto. Depois disso, cortaram a cerca e pularam. Ao contrário da penitenciária de Brasília, o presídio de Mossoró não tem uma muralha para contenção.
Os investigadores trabalham com a possibilidade de falha humana ou cooptação - resultado possivelmente de corrupção. Barreiras superadas pelos presos foram: Porta da cela; Gaiola (2 portas); Monitoramento de câmeras local; Sala de Controle em Brasília; Rondas e postos fixos de agentes; Torres externas (4); Tela dupla (10 metros) e Revista diária da cela.
Segundo integrantes do Ministério, por conta da obra, um detector de metais estava desativado e os agentes penitenciários não estavam passando pelo procedimento, então poderia entrar com material que normalmente é proibido.
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