[VIDEO] Pacientes que ficaram cegos foram contaminados por bactérias encontradas em fezes

17 de Outubro 2024 - 12h24

A investigação sobre a infecção que atingiu 15 pacientes de um mutirão de cirurgias de catarata, levando à remoção de globos oculares de pelo menos oito deles, analisará a água usada no hospital, o centro cirúrgico, a esterilização dos equipamentos e outros fatores de contaminação. Segundo o jornalista Gustavo Negreiros, a bactéria encontrada nos pacientes é vista comumente em fezes, porisso, uma ampla investigação é necessária - veja no link acima: 

Segundo o G1 RN, as análises serão feitas pelo Laboratório Central do Rio Grande do Norte, conforme solicitado pela Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa), que já realizou vistoria técnica e continua coletando informações. O mutirão ocorreu nos dias 27 e 28 de setembro, na Maternidade Dr. Graciliano Lordão, em Parelhas, atendendo 48 pacientes, dos quais 15 desenvolveram endoftalmite, causada pela bactéria Enterobacter cloacae. 

A Prefeitura de Parelhas notificou formalmente a empresa Oculare Oftalmologia Avançada, responsável pelas cirurgias, exigindo esclarecimentos, e instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias. Segundo o secretário de Saúde de Parelhas, Tiago Tibério dos Santos, oito pacientes precisaram remover o globo ocular, quatro fizeram vitrectomia e três continuam em acompanhamento. A Prefeitura afirmou que está arcando com todos os atendimentos médicos, consultas e suporte psicológico necessários aos pacientes.

Uma das pacientes, Izabel Maria dos Santos Souza, de 63 anos, passou por evisceração ocular e segue internada. Outra paciente de mais de 80 anos também teve complicações e precisou de atendimento em Natal. A empresa Oculare alegou que seguiu todos os protocolos médicos e de segurança e que reavaliou os pacientes assim que as complicações foram relatadas, tomando as medidas necessárias para o tratamento imediato.

A Polícia Civil informou que não possui registros de ocorrências sobre o caso, e a Vigilância Sanitária continua investigando as causas das infecções. 

 

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