Vingança: pai de delegado do DF foi queimado vivo por agente demitido

23 de Maio 2024 - 17h14

Um ex-investigador da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) é o principal suspeito de matar o delegado aposentado e advogado criminalista Hudson Maldonado Gama, 86 anos. Ele foi queimado vivo dentro de casa, em Sete Lagoas, município na Região Central de Minas Gerais. O crime ocorreu nessa quarta-feira (22/5). A vítima é pai do delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Hudson Maldonado Filho.

A principal linha de investigação é que o crime brutal tenha sido motivado por vingança. Informações preliminares indicam que o assassino seria um ex-agente de polícia, expulso da corporação em 2006, devido a uma ação defendida por Maldonado Gama, que atuava como advogado à época. No processo, o suspeito do homicídio foi acusado de extorquir uma mulher.

Cerca de 18 anos depois, nesta semana, o ex-investigador se vestiu de entregador, invadiu a casa do delegado aposentado, esfaqueou o idoso, enrolou-o em um colchão e ateou fogo à vítima. Maldonado estava com a saúde debilitada em função de um acidente vascular cerebral (AVC) que teve seis meses antes e, por isso, não conseguiu sair da casa. O advogado morreu carbonizado.

Uma testemunha relatou à polícia que, no dia do crime, chegou ao trabalho, na casa de Hudson, e ouviu alguém interfonar. Um homem se apresentou como entregador de farmácia e, quando a pessoa que trabalhava no imóvel se aproximou do portão, foi ameaçada e rendida com uma faca.

O criminoso teria dito que o problema não era com ela, e, sim, com o ex-delegado, com quem “tinha uma dívida há 18 anos”. O assassino, então, entrou no imóvel e usou gasolina para atear fogo no quarto onde a vítima estava. Depois do crime, fugiu em uma moto.

Por meio de nota, a PCMG informou que abriu inquérito para apurar as circunstâncias que envolvem a morte do delegado de polícia aposentado.

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou que identificou o possível suspeito do crime, o ex-policial civil. “A suposta motivação seria a exclusão dele do quadro da instituição, por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), em face da prática de transgressão disciplinar de natureza grave e tendo em vista que a vítima participou do procedimento [de apuração interna] à época”, completou a corporação.

METRÓPOLES

 

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