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Brasil

'Cafetão do PCC' ameaçava homens casados que contratavam prostitutas: "Vou visitar sua casa e seu trabalho"

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A operação deflagrada pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), nesta quarta-feira (20), para desarticular um grupo criminoso especializado em extorsão por meios digitais revelou como os criminosos chantageavam e extorquiam dinheiro de homens que pensavam estar marcando encontros com garotas de programa.

Mandados de busca, apreensão e prisão temporária foram cumpridos em endereços ligados à quadrilha, que atuava de forma organizada, com divisão de tarefas, uso de “contas laranja” e rede de chips descartáveis.

Com dados das vítimas em mãos, os golpistas, que fingiam ser do Primeiro Comando da Capital (PCC) e ameaçavam expor os homens casados.

“Então, irmão, estou te chamando aqui referente à garota que você chamou no site. Somos do Primeiro Comando e estamos trabalhando ajudando essas garotas. Você chamou a minha funcionária tirando o tempo dela ontem. Fez ela desmarcar vários atendimentos para ir encontrar com você, sendo que não quer concluir o pagamento”, diz o criminoso em uma das mensagens.

A dinâmica do golpe relatada na investigação é conhecida como “golpe do encontro”: os criminosos iscam o alvo com promessa de programa barato, confirmam presença num local neutro (hotel, motel ou flat), forçam um primeiro pagamento para “garantir a reserva” e, em seguida, passam a chantagear com terrorismo psicológico

“Já tenho os dados da sua família. Estou entrando em contato para resolvermos da melhor forma para ninguém sair no prejuízo ou para não sobrar para alguém da sua família”, disse em outra mensagem.

A operação “Falso Anúncio”, conduzida pela 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro) com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), cumpre cinco mandados de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Criminal do DF.

A investigação teve início em fevereiro deste ano, após a vítima, um homem de 31 anos, ter acessado um site de acompanhantes e ter sido extorquido pelo bando.

Valores exigidos da vítima

• R$ 100  – Valor inicial combinado;

• Mais R$ 100 – Valor adicional exigido após o primeiro pagamento, sob falsa justificativa de “liberação do quarto”;

•  R$ 500  – Valor pago sob ameaça de morte;

• R$ 1,5 mil – Valor exigido posteriormente para “encerrar o caso”

• Total exigido: R$ 2,1 mil

• Total efetivamente pago pela vítima: R$ 600

Estrutura criminosa 

A análise de dados bancários, telefônicos e cadastrais revelou a existência de uma associação criminosa estruturada, com divisão clara de tarefas entre os envolvidos.

Os cinco investigados, sendo três homens e duas mulheres, têm idades entre 21 e 27 anos, e são naturais do município de Montes Claros (MG), onde todos os endereços investigados estão localizados.

 

Com informações de Metrópoles 

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