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Brasil

Chefe do PCC regula de briga de bairro a dívida do tráfico

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Procurado pela população local e por outros criminosos, Bruno da Silva Alves, o BR, era uma “referência no crime organizado”, pelo fato de solucionar tanto questões cotidianas de moradores, quanto de integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção da qual também faz parte.

Com base em mensagens recebidas pelo criminoso, as quais foram interceptadas após sua prisão, em dezembro de 2021, o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), constatou que BR era o responsável pela “disciplina” da facção nas regiões em que sua célula criminosa atuava — com braços no litoral paulista e Espírito Santo.

Ele era um dos integrantes da Sintonia do Progresso de Países, setor responsável pelas relações internacionais do PCC, por meio da qual a facção viabilizada a venda e transbordo de cargas milionárias de cocaína para a Europa. BR colaborava com Paulo Afonso Pereira Alves, o BH, de 26 anos, apontado pelo Gaeco como o principal líder da Sintonia Geral da Rua na Espanha.

Bruno da Silva conciliava o auxílio prestado para o envio de cargas de cocaína para a Europa, via Porto de Vitória, com sua função de “disciplina”, garantindo o cumprimento do estatuto da facção nas quebradas.

“Irmão, dá uma atenção pra mim por favor. [Um] mano aqui no centro aqui me deu um soco no nariz. Pagou de rajada que é irmão [membro do PCC]. Vou mandar foto”, diz um solicitante para BR, em mensagem, referindo-se a pessoas que se diziam integrantes da facção.

No estatuto do PCC consta ser proibido usar o nome da facção publicamente — mesmo que o criminoso seja integrante. Mentir de que é da organização criminosa, é uma falta ainda pior. “Mal sabe que nós é o corre, caralho”, destaca ainda o solicitante.

BR então questiona o interlocutor sobre “quem falou que era comandeiro [membro do PCC]?”

Em denúncia contra a célula do PCC, o Gaeco afirma que os diálogos “deixam claro” o fato de que BR “era referência do crime organizado” e, diante disto, “era procurado por populares e outros criminosos para intervir, enquanto integrante do PCC, em desrespeitos e situações conflituosas”.

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