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De caçador a cúmplice: Delegado é condenado por proteger facção

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O delegado da Polícia Civil Rafael Gomes (foto em destaque), conhecido por sua atuação no combate ao narcotráfico, foi condenado a 50 anos, seis meses e oito dias de prisão por envolvimento direto com uma organização criminosa que movimentou cerca de R$ 1 bilhão em atividades ilícitas entre 2018 e 2022. Apesar da pena, ele poderá recorrer em liberdade. As informações são do Metropoles.

A decisão foi proferida pelo juiz Daniel Réche da Motta, da 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora, sob o entendimento de que o réu respondeu solto durante todo o processo e não há elementos que justifiquem a prisão preventiva antes do trânsito em julgado.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Rafael Gomes integrava um esquema sofisticado de corrupção policial, que incluía advogados, investigadores e traficantes. O grupo tinha quatro núcleos estruturados: corrupção policial e jurídica, logística, operacional e financeiro.

As investigações revelaram que o delegado recebia R$ 30 mil de entrada e R$ 15 mil mensais para garantir proteção às operações do tráfico, além de informações privilegiadas sobre investigações.

Em um episódio emblemático, após a apreensão de 17 barras de cocaína, o grupo negociou com o chefe da facção a substituição da droga por crack e cocaína de menor qualidade, mediante pagamento de R$ 500 mil em propina.

Em outra situação, Rafael Gomes teria solicitado propina para não indiciar um integrante da quadrilha. Um de seus subordinados chegou a receber R$ 12 mil em espécie diretamente do traficante para se omitir diante de uma operação.

A condenação é resultado da Operação Transformers, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em outubro de 2022, que prendeu 29 pessoas, incluindo seis policiais civis.

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