Durante as oitivas das testemunhas dos núcleos 2, 3 e 4 da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) discutiu com o advogado do réu Filipe Martins, Jeffrey Chiquini.
A noticia é de GABRIELA COELHO. A conversa ocorreu antes do depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, colaborador na ação do golpe.
“Enquanto eu falo, o senhor fica quieto”, disse Moraes. Chiquini questionou o ministro porque todo o processo foi disponibilizado há 4 dias e não teria como ter ampla defesa. Moraes disse que isso já havia sido decidido.
Enquanto Moraes falava, o advogado continuava argumentando, o que fez com que as declarações ficassem truncadas.
Logo depois, a defesa de Filipe Martins questionou a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República). E logo foi cortado novamente pelo ministro.
“Não é o senhor que vai ditar se a PGR deve denunciar seu cliente no núcleo 1, 2 ou 3. Se não, deveria ter feito concurso para a Procuradoria”, disse Moraes.
Todos respondem pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.