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Política

Oposição elabora carta a embaixadas com “denúncia” contra Moraes

Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal)  • Antonio Augusto/STF

Parlamentares da oposição elaboraram uma carta que será enviada a embaixadores e representantes diplomáticos de outras nações em Brasília. Com o título “Denúncia formal contra o Ministro Alexandre de Moraes por violações sistemáticas aos direitos humanos, repressão política e uso autoritário do Poder Judiciário no Brasil”, o grupo pretende chamar a atenção para o embate com o magistrado. A notícia é das repórteres Jussara Soares e Leonardo Ribbeiro, da CNN Brasil.

“Os atos contínuos e sistemáticos do Ministro configuram uma escalada sem precedentes de autoritarismo judicial, ameaçando diretamente o Estado de Direito, a normalidade institucional e os direitos fundamentais em nossa nação”, diz trecho do documento. “O que observamos no Brasil não são incidentes isolados, mas sim a consolidação de uma autocracia togada, onde um único homem acumula poderes para investigar, julgar, punir e censurar, desvirtuando os pilares de nossa democracia”.

Brasília conta com 133 embaixadas. A intenção é distribuir a carta a todas. Para ilustrar as supostas “violações de direitos humanos” por parte do ministro, são apresentados um resumo de casos considerados “emblemáticos”. Entre elas a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).

Também são listados o fato de o ex-ministro Walter Souza Braga Netto estar preso, a situação do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e as medidas cautelares contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES).

“O que está em questão não é somente perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro ou alguns parlamentares. Trata-se da consolidação de uma jurisprudência de exceção, onde qualquer cidadão poderá ser alvo de medidas semelhantes por discordar e criticar decisões judiciais da Suprema Corte, sob o pretexto transformista de defesa da democracia”, completa.

No texto, os parlamentares dizem que essa suposta escalada autoritária poderá comprometer seriamente o processo eleitoral de 2026 e a integridade democrática do país. “A manutenção silenciosa desse modelo abrirá precedente para regimes futuros que usarão o Judiciário como instrumento de dominação política. O que hoje é exceção contra um adversário pode amanhã se tornar regra contra todos”.

O grupo pede ainda que cada representação diplomática registre tais denúncias junto a ONU (Organização das Nações Unidas), OEA (Organização dos Estados Americanos), CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) e o Parlamento Europeu.

Também é solicitado o envio de observadores internacionais ao Brasil e um posicionamento público institucional “contra as arbitrariedades do Ministro Alexandre de Moraes”.

“Acreditamos firmemente que a manifestação de repúdio da comunidade internacional é crucial para assegurar que o Brasil não siga o caminho da supressão democrática, pois a neutralidade diante da injustiça é a semente de toda tirania”, finaliza o texto.

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