Os preços do Wegovy e do Ozempic, medicamentos à base de semaglutida usados no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2, foram reduzidos em até 19,6% nesta segunda-feira (2). A notícia é da Folha de São Paulo.
A fabricante Novo Nordisk afirma que a medida busca ampliar o acesso aos remédios e combater o uso de produtos falsificados. Segundo a empresa, os novos valores variam de acordo com a dosagem do medicamento e com o canal de venda —lojas virtuais ou físicas.
O anúncio ocorre em meio a uma crescente demanda por esses medicamentos e ao aumento de crimes como roubos a farmácias e tráfico internacional de "canetas emagrecedoras".
Em maio, um concorrente direto do Ozempic também passou a ser comercializado no Brasil. O Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, chegou ao país na primeira quinzena do mês.
A fabricante ainda aguarda autorização para o uso do Mounjaro contra obesidade, como adjuvante a uma dieta equilibrada e prática de atividade física.
Confira os novos valores:
O Wegovy é administrado em forma de injeção uma vez por semana e foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para sobrepeso e obesidade.
Já o Ozempic, que tem o mesmo princípio do Wegovy, é aprovado para tratamento do diabetes tipo 2, mas é amplamente usado para emagrecimento.
Princípio ativo dos dois medicamentos, a semaglutida desempenha algumas ações no organismo que colaboram para a perda de peso, como o aumento da sensação de saciedade e a redução do apetite.
Com o crescimento do uso dos medicamentos sem prescrição, a Anvisa aprovou uma nova diretriz que exige receita médica com duas vias para semaglutida, liraglutida, dulaglutida, exenatida, tirzepatida e lixisenatida, presentes nas canetas emagrecedoras.
O periódico científico The Lancet fez um alerta, em maio, sobre o aumento da demanda por medicamentos usados para tratar obesidade. Segundo o comunicado, a atratividade da venda ilegal das canetas emagrecedoras se deve a uma "tríade de benefícios para a saúde [...], alto custo [...] e baixa disponibilidade nas farmácias".