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Internacional

Putin diz ter avisado Brasil sobre plano de paz de Trump: “Todos parceiros apoiaram”

Putin

O ditador russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira (21), que “todos os amigos e parceiros do Sul Global”, incluindo o Brasil, foram avisados sobre o plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a guerra da Ucrânia. A informação é do O Antagonista.

Segundo Putin, todos apoiaram os “possíveis acordos”.

“Sobre todos esses pontos, informamos detalhadamente todos nossos amigos e parceiros do Sul Global, incluindo a República Popular da China, a Índia, a República Popular da Coreia, a África do Sul, o Brasil, muitos outros países e, claro, os países da OTSC. Todos os nossos amigos e parceiros – quero enfatizar isso, cada um deles – apoiaram esses possíveis acordos.”

O plano de paz de Trump para a Ucrânia

Washington apresentou a Kiev um plano de paz de 28 pontos.

A proposta endossa as principais exigências russas, exigindo que a Ucrânia ceda território, aceite limites às suas forças armadas e renuncie às ambições de ingressar na Otan.

Segundo a agência de notícias Reuters, os governo Trump deu uma semana para Zelensky aceitar a proposta, sob a ameaça de cortar o compartilhamento de informações e o fornecimento de armas para a Ucrânia.

Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez nesta sexta-feira, 21, uma declaração à nação, sinalizando o que pode fazer em relação ao plano de paz proposto pelo governo Trump para encerrar a invasão russa iniciada em 24 de fevereiro de 2022.

Falando na rua em frente ao seu escritório, um local usado apenas para discursos importantes, Zelensky disse que o país está diante de ‘um dos momentos mais difíceis de sua história’.

“A pressão sobre a Ucrânia é imensa. A Ucrânia pode se ver diante de uma escolha muito difícil: perder a dignidade ou correr o risco de perder um parceiro fundamental. Ou enfrentar os difíceis 28 pontos, ou um inverno extremamente rigoroso – o mais difícil – e outros riscos. Uma vida sem liberdade, sem dignidade, sem justiça. E ainda temos que acreditar em quem já nos atacou duas vezes.

Eles esperam uma resposta nossa. Embora, na verdade, eu já a tenha dado. Em 20 de maio de 2019, ao prestar juramento de fidelidade à Ucrânia, declarei, em particular: ‘Eu, Volodymyr Zelensky, eleito pela vontade do povo como Presidente da Ucrânia, comprometo-me, com todas as minhas ações, a defender a soberania e a independência da Ucrânia, a defender os direitos e as liberdades dos cidadãos, a respeitar a Constituição e as leis da Ucrânia, a cumprir meus deveres no interesse de todos os compatriotas e a elevar a autoridade da Ucrânia no mundo.’ Para mim, isso não é uma mera formalidade protocolar – é um juramento. E todos os dias sou fiel a cada palavra dele. E jamais o trairei. O interesse nacional ucraniano deve ser levado em consideração.”

Zelensky prometeu trabalhar com calma ao lado dos Estados Unidos e demais aliados em busca de uma solução construtiva.

“Apresentarei argumentos, tentarei convencer, oferecerei alternativas, mas definitivamente não daremos ao inimigo motivos para dizer que a Ucrânia não quer a paz, que é ela quem está a sabotar o processo e que a Ucrânia não está preparada para a diplomacia. Isso não acontecerá.

A Ucrânia trabalhará rapidamente. Hoje, sábado e domingo, durante toda a próxima semana e pelo tempo que for necessário. Em regime de 24 horas por dia, 7 dias por semana, lutarei para garantir que, entre todos os pontos do plano, pelo menos dois não sejam negligenciados: a dignidade e a liberdade dos ucranianos. Porque é nisso que tudo se baseia: nossa soberania, nossa independência, nossa terra, nosso povo. E o futuro da Ucrânia.

Faremos e devemos fazer tudo para garantir que a guerra termine e que a Ucrânia, a Europa e a paz mundial não cheguem ao fim.”

Ao relembrar o início da invasão, quando foram entregues a Kiev diversos planos, pontos e ultimatos sobre o fim do conflito, Zelensky disse não ter traído a Ucrânia e ter sentido o apoio de todos ao seu redor.

“Não traímos a Ucrânia naquela época, e não o faremos agora. E sei com certeza que, neste que é um dos momentos mais difíceis da nossa história, não estou sozinho. Que os ucranianos acreditam no seu Estado, que estamos unidos. E em todos os formatos de futuras reuniões, discussões e negociações com parceiros, será muito, muito mais fácil para mim alcançar uma paz digna para nós e convencê-los, sabendo cem por cento: por trás de mim está o povo da Ucrânia. Milhões de pessoas do nosso povo que têm dignidade, que lutam pela liberdade e que merecem a paz.”

Ele finalizou o discurso prometendo trabalhar no campo diplomático “em prol da nossa paz” e defendendo a união, liberdade e dignidade do povo ucraniano.

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