Pouco mais de três meses depois receber o primeiro espetáculo após a reinauguração, o Teatro Alberto Maranhão recebeu neste fim de semana uma visita nada ilustre: água, muita água. Imangens que circulam nas redes sociais (veja o vídeo ao final da matéria) mostram a área interna do Teatro sendo atingido por um alagamento considerável, confirmado nesta segunda-feira (7), pelo próprio Governo do RN.
Fechado desde 2015, para uma ampla reforma custeada com recursos do Banco Mundial, o TAM foi reinaugurado no ano passado, mas só em dezembro recebeu seu primeiro espetáculo. Segundo o Governo do RN, por meio de nota, informou que o Projeto Governo Cidadão, órgão viabilizador do serviço de restauração do edifício, comunicou que uma equipe do seu setor de Engenharia vistoriou o prédio na manhã, ao lado de representantes da empresa executora da obra, da Defesa Civil do Governo do RN, do Corpo de Bombeiros Militar do RN e da Fundação José Augusto.
"Da parte do Governo Cidadão, ficou decidida a execução de ações preventivas emergenciais, como a colocação de ensacadeiras para barrar uma possível entrada de água e a elevação do quadro elétrico da bomba hidráulica. Após a limpeza total do prédio, a empresa executora da obra fará um levantamento dos possíveis equipamentos danificados", afirmou o Governo do RN.
É importante ressaltar que, segundo o próprio Governo, a reforma do TAM já previa serviços na área "esgoto e águas pluviais". A reforma teve um valor total de R$ 2,5 milhões, viabilizados com empréstimo junto ao Banco Mundial e teve fiscalização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
"No último fim de semana (05 e 06) o Cemadem (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) registrou volumes de chuva fora do padrão, acima de 250 mm, em bairros de Natal próximos ao Rio Potengi, como a Ribeira. O elevado volume de água causou um alagamento parcial do TAM que está erguido sobre um lençol freático e em um bairro com histórico de alagamentos – o volume de água vindo do bairro da Cidade Alta é favorecido pela gravidade, acumulando-se na Ribeira", justificou o Estado.