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Política

Agentes da Abin cogitam pedir afastamento de diretor-geral após relatório da PF

Abin | Foto: Adriano Machado/OAntagonista
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Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) articulam o pedido de afastamento do atual diretor-geral do órgão, Luiz Fernando Corrêa, indiciado pela Polícia Federal (PF) por obstrução de justiça, segundo O Globo.

A iniciativa foi discutida em uma assembleia geral extraordinária convocada pela INTELIS, entidade que representa os integrantes de inteligência de Estado.

A instituição afirma que a manutenção de Corrêa à frente da Abin compromete a credibilidade da instituição. Além disso, a permanência do diretor representa um risco ao funcionamento técnico e inseto da inteligência estatal.

“A INTELIS reafirma seu compromisso com a legalidade, a transparência e a defesa da Inteligência de Estado como um instrumento técnico, profissional e apartidário. A entidade destaca que o momento exige responsabilidade, vigilância e união da categoria diante dos riscos de enfraquecimento das estruturas que protegem a soberania, a segurança nacional e o interesse público”, diz trecho.

 

Relatório da PF

O relatório da Polícia Federal (PF) da investigação sobre a chamada ‘Abin Paralela’ apontou que Luiz Fernando Corrêa “participou de reuniões de cúpula, teve acesso a informações sigilosas e realizou ações que notadamente tiveram o intento obstruir a investigação sobre a organização criminosa instalada no órgão”.

Em uma das ações de interferência, o diretor-geral articulou a proteção do ex-número 3 da agência, Paulo Maurício Fortunato Pinto, um dos “principais responsáveis pela degradação da Abin”, de investigação sobre uma “organização criminosa instalada no órgão”.

Segundo a PF, a “primeira ação, ainda no exercício ilegal do cargo”, foi a de minimizar o escândalo do uso clandestino da ferramenta FirstMile, afirmando que ‘a montanha vai parir um rato’.

O relatório indicou que, em 2023, Corrêa se encontrou com Paulo Maurício e o ex-diretor adjunto da agência, Alessandro Moretti, para “embaraçar a investigação”.

“Alegou-se que a entrega dos nomes à PF seria necessária para ‘evitar busca e apreensão’ e ‘baixar a fervura’, atribuindo à autoridade policial a intenção de prejudicar os servidores. (…) Estabeleceram-se ‘acordos e entendimentos internos’, criando-se uma comissão para ‘participar das decisões junto com a direção geral’ e ‘construir uma estratégia de defesa em conjunto’, visando unificar discursos e impedir colaborações espontâneas”, diz trecho.

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