Segundo estudos recentes, a Pika-americana (Ochotona princeps), um herbívoro sentinela quando se trata do aumento das temperaturas, pode estar se adaptando às mudanças climáticas. A notícia é do Metrópoles.
O animal, encontrado nos Estados Unidos e Canadá, constrói os seus ninhos no alto das regiões montanhosas mais frias do oeste da América do Norte. A espécie tem a habilidade de superaquecer em altas temperaturas, tornando-se sensível às mudanças climáticas.
Porém, um novo estudo da literatura científica feito pelo conservacionista Andrew T. Smith, divulgado pelo Journal of Mammalogy, afirma o contrário e diz que a pika-americana está superando cada vez mais as mudanças climáticas.
“Esses resultados mostram que as pikas são capazes de tolerar um conjunto mais amplo de condições de habitat do que se pensava anteriormente”, afirmou Smith.
Saiba sobre a espécie
O animal é uma pequena criatura territorial semelhante aos coelhos. A espécie, que se alimenta de ervas e cardos, vive nas montanhas do oeste da América do Norte – da Colúmbia Britânica e Alberta, no Canadá, até o Novo México e a Califórnia (EUA).
Os ninhos são feitos em áreas de pedras quebradas e pedregulhos, que os mantêm frescos em condições de calor e os protegem de predadores como raposas, falcões e águias.
“Grande parte da narrativa sobre as pikas e as mudanças climáticas foi baseada em estudos de uma parte restrita e marginal de sua distribuição geográfica”, diz ele no artigo.
Quem é o professor Smith
Andrew Smith é um biólogo conservacionista especialista em ecologia comportamental de mamíferos, efeitos da fragmentação de habitat e serviços ecossistêmicas fornecidos por pequenos mamíferos.
O professor atuou como presidente de Grupos de Especialistas em Lagomorfos da Comissão de Sobrevivência de Espécies da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) de 1991 a 2020.
Ele também está envolvido em questões globais de conservação e atuou como consultor do governo chinês em questões relacionadas à biodiversidade.