O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira a seus ministros, durante a reunião ministerial na Residência Oficial da Granja do Torto, que seus partidos precisam decidir de que lado vão estar nas eleições de 2026. A informação é do O Globo.
Na Esplanada, há 39 ministros indicados por dez partidos (inclusive do PT). Entre as siglas que ocupam cargos no alto escalão do governo, estão partidos do Centrão que ainda não definiram se vão apoiar Lula, como o PSD de Gilberto Kassab; o Republicanos ao qual o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, é filiado; e o MDB. O União Brasil de Antônio Rueda deixou o governo, mas manteve influência, por meio do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em duas pastas: Telecomunicações e Integração Nacional.
— Ano que vem é o ano em que a gente tem a oportunidade, não só porque estaremos em disputa, mas porque cada ministro, cada partido que vocês participam, vai ter que estar no processo eleitoral e vai ter que se definir de que lado está. Será inexorável as pessoas terem que definir o discurso que vão fazer. Eles vão ter que defender aquilo que eles acham que podem elegê-los. E acho que temos uma força extraordinária — disse Lula aos ministros.
Em seguida, o presidente defendeu investimentos realizados por bancos públicos e disse que "há décadas eles não tinham a capacidade de investimento que estão fazendo agora".
Lula voltou a dizer que 2026 é o "ano da verdade" e que vai comparar os indicadores de seu governo com os do antecessor Jair Bolsonaro.
— É importante que a gente tenha noção que nós precisamos fazer com o que o povo saiba o que aconteceu neste país (durante o governo de Bolsonaro). Tenho a impressão que o povo ainda não sabe, que nós ainda não conseguimos a narrativa correta para fazer com que o povo saiba fazer uma avaliação das coisas que aconteceram neste país — ressaltou Lula.
O presidente destacou em seu discurso o que considera marcas do seu governo, a exemplo da redução do desemprego e da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, mas reconheceu que os bons números ainda não se refletem nas pesquisas de opinião pública. Para Lula, isso ocorre devido à polarização política.