Reportagem do Poder 360 revelou que a Polícia Federal apontou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), sob o comando de Alexandre Ramagem (PL-RJ), tentou associar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o documento, a agência também pretendia vincular deputados federais à facção criminosa.
“O arquivo 'Prévia Nini.docx' mostra a coincidência, para fins políticos, da eventualidade, indicando a pretensão última de relacionamento a advogada Nicole Fabre e os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital –PCC, alimentando a difusão de notícias falsas contra os magistrados da Suprema Corte”, diz o relatório, que foi destacado e comentado no Jornal das 6, desta quinta-feira (25).
O relatório fala em “ação deliberada de desvirtuamento institucional” da operação de inteligência da Abin. O documento menciona ainda a atuação da ONG (Organização Não Governamental) “Anjos da Liberdade”, que, de acordo com o entendimento da agência, seria “eventualmente” vinculada ao PCC. Segundo o relatório da PF, entretanto, a Abin não teria adentrado “ao mérito da questionável legitimidade da referida operação de inteligência” .
ENTENDA
A operação deflagrada pela PF para apurar suposta espionagem ilegal realizada pela Abin foi autorizada por Moraes. Um dos alvos é o ex-diretor da agência e atual deputado federal Alexandre Ramagem. Ele chefiou o órgão na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de julho de 2019 até março de 2022, quando deixou o cargo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados.