A polêmica das arbitragens. E nós já sabemos que isso não tem jeito, pelo menos o que deveria ser feito não vai acontecer. Duas entrevistas deixaram isso escandalosamente mais claro ainda.
A primeira gerou a discussão, um bate-boca entre o jornalista PVC e o presidente do Sport, Yuri Romão. Paulo Vinícius Coelho, com exatidão, questionou o voto do Sport, prejudicado pela continuidade do Ednaldo Rodrigues, presidente.
O pernambucano rebateu dizendo que o jornalista estaria partidarizando a questão e admitiu que não sabe o que acontece na CBF. O PVC o fez murchar falando que, dessa forma, ele peca pela ignorância. Portanto, ele tem boa parte da culpa, claro.
A outra, essa me causou uma indignação figadal, e foi dada pelo vice do mesmo Sport, o Thiago Falcão. O cara esculhamba a arbitragens, pede medidas punitivas, fala e fala, e no meio desse trololó todo tem o desplante de elogiar a gestão do Ednaldo. Isso mesmo.
Ele pontuou, pasmem, que o presidente é bem intencionado, promoveu mudanças e tal e coisa, absurdos repetidos, e encerrou cometendo uma obscenidade no meu entendimento. Será que alguém em sã consciência pode defender a gestão da CBF e do futebol do Brasil como um todo?
O dirigente pediu arbitragens estrangeiras, isso mesmo, e quer, além de treinadores, jogadores, técnicos, que já tomaram conta de nossos espaços, também que os árbitros sejam importados. Uma pessoa com essa ideia é vice-presidente de um clube do tamanho do Sport, esse, talvez, seja o maior problema.
Precisamos de mudanças estruturais, de intervenção nesta CBF e numa mudança urgente nesses modelos arcaicos, canalhas de escolhas, onde presidentes de federações, presidentes de clubes, em eleição sem a participação dos maiores interessados - atletas e torcedores - tenham direito a voto.