Afastados temporariamente das funções por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), sete policiais federais são suspeitos de integrar uma espécie de “staff” na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Eles seriam responsáveis por cumprir determinações, monitorando alvos e produzindo relatórios que seriam divulgados com a finalidade de criar narrativas falsas.
A notícia é do Metrópoles. O núcleo paralelo seria liderado pelo delegado da PF e deputado federal Alexandre Ramagem, principal alvo da Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na manhã desta quinta-feira (25).
De acordo com as investigações da PF, os policiais integravam dois “núcleos”. O primeiro é o de “Alta-Gestão”, composto por delegados federais que, ao tempo dos fatos, estavam cedidos para a Abin exercendo funções de direção e utilizaram o software FirstMille para monitoramento de alvos e autoridades públicas, bem como para serviço de contrainteligência e criação de relatórios anônimos.
Os integrantes de tal grupo seriam Ramagem e Carlos Afonso Gonçalves, delegado federal e secretário de Planejamento e Gestão, também ex-diretor do Departamento de Inteligência Estratégica.