A investigação da execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande (SP) ganhou um novo capítulo com a prisão de Luiz Henrique Santos Batista, conhecido como "Fofão". O traficante, que é membro do PCC, foi detido nesta segunda-feira (19) no litoral paulista, suspeito de envolvimento na logística do crime. Com informações da CNN.
Embora "Fofão" não seja apontado como executor direto, ele teria conhecimento de todo o plano criminoso e é suspeito de participar da logística da morte. A polícia ainda busca outros foragidos com prisão decretada, como Felipe Avelino da Silva, o "Mascherano", que exerce a função de disciplina no PCC.
O secretário Guilherme Derrite afirmou que "não resta dúvida de que o PCC está envolvido", e uma força-tarefa com mais de 100 policiais segue mobilizada para esclarecer o caso.
Fontes, de 63 anos, foi assassinado na noite de segunda-feira (15) com mais de 20 disparos de fuzil em uma ação descrita como "planejada e de alta complexidade". O ex-delegado era jurado de morte pelo PCC desde 2006 e era reconhecido como um dos principais inimigos da facção por ter indiciado sua cúpula, incluindo Marcola.
Quem são os suspeitos
Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (18), a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou que Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como "Masquerano" no PCC, são investigados pela execução de Ruy Ferraz.
Um dos suspeitos tem vasto histórico criminal. Ainda de acordo com a polícia, a ação demonstrou conhecimento tático, com armamento pesado e carro de fuga incendiado.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou que "não resta dúvida de que o PCC está envolvido" na morte do ex-delegado-geral.
Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, presa na investigação, possui passagem criminal por tráfico de drogas. Durante depoimento, ela teria dito que não sabia o que trazia dentro da sacola, o que não convenceu a polícia. Ela afirmou ter recebido pagamento via Pix para realizar o transporte das armas.
O valor foi transferido de uma conta em nome de uma criança de 10 anos, filho de é Luiz Antônio Rodrigues de Miranda, quarto suspeito identificado pela polícia, que teve a prisão temporária decreta nesta quinta-feira (18), também por envolvimento no transporte da arma de fogo. Ele também é suspeito de ter dirigido anteriormente o carro que foi utilizado no crime.