O Jornal das 6, da 96 FM ao vivo no Youtube, destacou os nomes espionados pelo esquema montado na Abin Paralela, investigada pela Polícia Federal e alvo de operação nesta semana. Ministro do STF, deputados e até jornalistas tiveram suas vidas monitoradas durante o Governo Jair Bolsonaro, segundo está sendo apurado pela PF.
O J6 citou os nomes que, segundo a Polícia Federal, foram investigados pelo sistema ilegal. Foram os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Luiz Fux; os deputados Arthur Lira, Rodrigo Maia (então presidente da Câmara), Kim Kataguiri e Joice Hasselmann; os senadores Alessandro Vieira, Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues; o ex-governador de São Paulo João Doria; e os jornalistas Monica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista.
As apurações da Polícia Federal sobre monitoramentos ilegais por uma “Abin paralela” no governo Bolsonaro indicam que, conforme mostrou a coluna em 2020, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da agência, determinou uma devassa sobre os auditores da Receita Federal que produziram o relatório cujo conteúdo deflagrou as investigações sobre o esquema de rachadinha de Flávio Bolsonaro.
A PF descobriu que o policial federal Marcelo Bormevet, assessor de Ramagem na Abin, e o subtenente Giancarlo Rodrigues fizeram monitoramentos dos auditores fiscais Christiano José Paes Leme Botelho, Cléber Home da Silva e José Pereira de Barros Neto. Bormevet e Rodrigues foram presos nesta quinta-feira (11/7), na quarta fase da Operação Última Milha.
Os três alvos do monitoramento ilegal foram os responsáveis pelo Relatório de Inteligência Financeira (RIF) que deu origem às investigações sobre apropriação indevida de salários de servidores do gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio, à época em que ele era deputado estadual.