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Brasil

Você dorme bem? A privação do sono bagunça sua memória, seu peso e seu humor

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Dormir mal virou rotina para milhões de brasileiros. A correria do dia a dia, o uso excessivo de telas e o estresse constante têm empurrado o sono para o fim da lista de prioridades. Mas o que muitos ignoram é que a falta de sono de qualidade pode comprometer, de forma grave, o funcionamento do corpo e da mente — mesmo após poucos dias de noites mal dormidas.

Segundo especialistas, bastam sete dias de privação de sono para o organismo começar a dar sinais claros de desgaste: dificuldade de concentração, falhas na memória, alterações de humor e queda na imunidade. Além dos efeitos imediatos, o risco a longo prazo é ainda mais preocupante. Dormir pouco ou mal de forma crônica está ligado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade, ansiedade e depressão.

Durante o sono, o corpo realiza funções fundamentais para a saúde, como a liberação de hormônios, o reparo celular e a consolidação da memória. Sem esse descanso adequado, o metabolismo desacelera, os hormônios se desregulam e o sistema imunológico enfraquece. Hormônios que controlam a fome e a saciedade, como a leptina e a grelina, são diretamente afetados, o que pode levar ao ganho de peso e à compulsão alimentar.

Outro ponto crítico é o impacto no cérebro. Estudos mostram que a privação de sono altera a atividade cerebral, afetando o julgamento, o raciocínio e a estabilidade emocional. Pessoas que dormem pouco também apresentam maior risco de desenvolver transtornos mentais e enfrentar quadros de esgotamento físico e mental.

A longo prazo, os danos acumulados se tornam visíveis: aumento da pressão arterial, cansaço constante, envelhecimento precoce e maior vulnerabilidade a infecções. Em um país onde a cultura da produtividade muitas vezes valoriza quem “dorme pouco e trabalha muito”, os efeitos dessa negligência com o sono estão se tornando cada vez mais evidentes na saúde pública.

A recomendação para adultos é de 7 a 9 horas de sono por noite. E não basta apenas deitar na cama: o ambiente, a regularidade e a qualidade do sono fazem toda a diferença. Criar uma rotina noturna, evitar estimulantes e reduzir o uso de eletrônicos antes de dormir são passos simples, mas eficazes, para quem quer recuperar o controle da própria saúde.

Em tempos de tanto estímulo e informação, dormir bem deixou de ser luxo — e passou a ser uma questão de sobrevivência.

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