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Brasil

Praça famosa tem rodinha da masturbação entre homens em brinquedos infantis e “empurrada” sob mangueiras

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Foto: Bruno Esaki

A notícia é do Metropoles:

O anoitecer é o primeiro sinal para aguçar os sentidos de homens que conversam animados, sentados nos bancos de concreto próximos ao estacionamento 3 do Parque da Cidade. Enquanto corredores e ciclistas finalizam seus treinos, os primeiros frequentadores do “Castelinho do Sexo” se aquecem para uma noitada curta, mas de muito prazer casual, sempre protegidos pela completa escuridão.

Com o fechamento do famoso estacionamento que garantia a pegação na Floresta dos Sussurros, o point atrás dos brinquedos infantis se tornou terreno fértil para transas rápidas e selvagens.

O estacionamento apinhado de carros é o segundo sinal de que a sacanagem ao ar livre está rolando. Após pararem os veículos, na noite da última quinta-feira (3), homens vestidos de forma casual ou esporte fino caminham pelo gramado, cruzando o Castelinho, e margeiam o canal de rede de águas pluviais.

Não existe cerimônia, troca de olhares ou o batido “curte o quê?”. O sexo é frenético, voraz e cercado de apreciadores aguardando a vez de matar o desejo por uma rapidinha.

Conforme o público masculino caminha escuridão adentro, o epicentro dos sons libidinosos fica cada vez mais próximo. Abrigados pela copa de uma mangueira, quatro homens, todos nus da cintura para baixo, protagonizam a suruba mais selvagem da noite, com diversas “empurradas”.

Gemidos abafados se misturam com o canto de grilos. Por volta de 20h, o bacanal se espalha pelo gramado. Hipnotizados, outros frequentadores apreciam enquanto se masturbam acompanhando a sessão de sexo.

As transas incendeiam as cercanias do Castelinho entre 19h e 21h, quando o ápice da suruba chega a reunir pelo menos 10 homens.

Não existe limite de idade para participar da orgia: jovens na faixa dos 20 anos fazem sexo com homens que aparentam ter 60.

Grupos de até quatro homens costumam se posicionar fazendo uma ciranda. Todos se masturbam com os pênis próximos, até ejacularem.

Quem deseja fazer ou receber sexo oral também é bem-vindo no espaço escuro. Perto da “roda da bronha”, homens se acomodam no tronco das árvores para receberem uma “mamada”.

O sexo sem compromisso corre solto por entre as árvores. Desta vez, o “drive-thru do boquete”, prática clássica da Floresta dos Sussuros, ganha dezenas de adeptos no “Castelinho do Sexo”.

No dia seguinte, os primeiros raios solares denunciam os “vestígios”: o gramado está coalhado por camisinhas usadas e embalagens de preservativos.

No breu da noite, a área verde mais visitada pelos frequentadores vira um grande motel a céu aberto. “Tem dia que dá para encher um saco só de camisinha, e o lugar não fica limpo”, diz um funcionário do parque que prefere não se identificar.

Muitos homens ficam zanzando por uma grande área verde tentando chegar perto para acompanhar ou até participar do maior número possível de transas.

A prática é chamada de cruising, que se caracteriza pelo ato sexual ao ar livre, mas com uma pessoa completamente desconhecida do mesmo sexo.

O cruising ainda mantém a ideia inicial de preservar a identidade de homens casados ou que têm vergonha da sua sexualidade. Por isso o local extremamente escuro é escolhido como forma de manter o anonimato.

A total falta de conversas ou interação resguarda ainda mais a identidade dos frequentadores.

Esses grupos de homens que vão até o Parque da Cidade à procura de aventuras sexuais ao ar livre infringem o Código Penal Brasileiro, já que praticar sexo em público é crime. Eles se enquadram no artigo 233, que se refere à prática de ato obsceno. A pena prevista para esse tipo de crime varia de 3 meses a 1 ano de prisão ou multa. O crime é registrado como contravenção penal.

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