A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), no âmbito da Operação Spectamus, investiga os administradores do Parque Granja do Torto (PGT) por suspeita de efetuarem diversos gastos incomuns para o espaço, os quais teriam sido justificados apenas por meio de notas fiscais, sem comprovação do recebimento de mercadorias compradas ou da prestação de serviços contratados.
A noticia é do portal NA MIRA. Uma auditoria identificou que, em 2022, os alvos da operação teriam apresentado notas fiscais de um gasto de R$ 226 mil com lanches, refeições e bufê. Eles também supostamente gastaram R$ 67 mil com doações e brindes; R$ 63 mil com combustíveis e lubrificantes; e R$ 147 mil com honorários advocatícios.
Os serviços de prestação de contas e emissão de notas fiscais também indicam ter havido prática criminosa, segundo a PCDF, pelo fato de que os serviços e bens contratados não teriam sido, de fato, entregues. Além disso, os comprovantes obtidos serviriam para justificar despesas relacionadas ao pagamentos de atividades que, na realidade, destinariam-se aos investigados pessoalmente.
As empresas contratadas para o serviços da administração seriam, ainda, pessoas físicas e jurídicas ligadas aos próprios responsáveis pelo esquema criminoso.
A investigação, que começou em julho, avalia supostas irregularidades no contrato de gestão entre a Secretaria de Agricultura e o Serviço Social Autônomo PGT, regulamentado pela Lei Distrital nº 6.170/2018.
As apurações revelaram ocultação de informações e inconsistências nas prestações de contas, dificuldades de acesso a dados financeiros, além de notas fiscais em desacordo com requisitos legais e com indícios de fraude – o que sugere ter havido a execução indevida de serviços contratados.
A PCDF também identificou pagamentos em duplicidade a escritórios de advocacia, o que levanta suspeitas da simulação de contratos e de desvios de recursos públicos.
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