Após cinco dias, jogador potiguar consegue sair da Ucrânia: “Nem parece que é verdade”
Após cinco dias de tentativas frustradas, o jogador de futebol Edson Fernando, de 23 anos, conseguiu sair da Ucrânia nesta segunda-feira (28), após atravessar a fronteira do país com a Hungria. O potiguar e mais dois amigos contaram com a ajuda de uma rede de brasileiros que moram na Europa e se mobilizaram para resgatar compatriotas.
"Nem parece que é verdade. Fica aqui a torcida para as pessoas que não conseguiram sair da Ucrânia, que possam sair o mais rápido possível. Oremos pela paz na Ucrânia", publicou Edson por volta das 7h desta segunda (28).
De acordo com ele, agora o grupo deve ser alimentar e descansar um pouco, antes de seguir até a capital da Hungria, Budapeste, de onde pretende pegar um avião para o Brasil.
Edson deixou a cidade de Lviv, no Oeste da Ucrânia, ao lado do companheiro de equipe, Talles Brener, e Jéssika Ariani, namorada de Talles. Os três buscavam juntos uma solução para chegar à Polônia e retornar ao Brasil o quanto antes.
Porém, após percorrer parte do percurso a pé, os brasileiros foram barrados várias vezes na fila para imigração para a Polônia.
"Só nós sabemos o que estamos passando esses dias aqui, cada humilhação, desaforo, nãos que a gente vem tomando", disse Edson no início da manhã de domingo (27). Na ocasião, o jogador do Rukh Lviv afirmou estava há dias "sem sequer tirar o tênis do pé".
Edson e os amigos foram encontrados pela brasileira Clara Magalhães, que mora na Alemanha e se mobilizou com outros brasileiros que residem Europa para criar a Frente Brazuca, que visa ajudar compatriotas a sair da Ucrânia.
"A situação na (fronteira) Polônia é caótica. Homens não saem, prioridade em todos os lugares são mulheres e crianças e em alguns lugares não sai a pé, só de carro ou ônibus", relatou ela.
Após deixar a região da fronteira com a Polônia, o grupo ainda tentou atravessar a fronteira com a Eslováquia, mas de deparou com 60 quilômetros de fila. Os brasileiros então seguiram viagem até a fronteira com a Hungria, onde encararam uma fila de 2 km de carros e conseguiram atravessar.
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