Barco apreendido em operação da PF no Iate Clube de Natal teria sido roubado na Europa

13 de Novembro 2023 - 12h51

A Polícia Federal, com apoio da Marinha do Brasil, deflagrou na manhã do último sábado (11), a Operação Albina visando apreender um veleiro transoceânico de mesmo nome, ancorado no Iate Clube de Natal, o qual consta como produto de roubo nos sistemas de repressão à criminalidade transnacional.

A ação busca identificar e desarticular organização criminosa que atua no roubo e reintrodução de embarcações no mercado internacional e foi fruto de trabalho de inteligência em razão de informes internacionais, em colaboração com a Marinha do Brasil e o Iate Clube de Natal.

De acordo com as investigações, a embarcação apreendida tem o nome original de Mischief, é matriculada na Croácia e teria sido alugada para pretensos turistas russos que tomaram a embarcação, levaram para local ignorado e alteraram suas características rebatizando-a com o nome de Albina, sendo que para isso confeccionaram documentos de propriedade e matrícula falsos, na Rússia. Tal veleiro zarpou para o Brasil, partindo do Marrocos, e aportou na capital potiguar em 20 de setembro último, com apenas dois tripulantes, um capitão russo e um marinheiro da Lituânia, os quais lançaram âncora no Iate Clube de Natal, e pagaram adiantado por 60 dias de permanência. Esses estrangeiros cerca de uma semana depois deixaram o território nacional por via aérea, vindo a embarcação a ser habitada por uma mulher natural na Letônia.

Após fiscalização constatou-se que partes do referido veleiro apresentam similaridades com a embarcação roubada em águas croatas, por isso o barco foi apreendido, vez que entrou em território nacional com documentação ideologicamente falsa.

Durante a ação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte. A estrangeira que estava a bordo está proibida de deixar o território nacional.

À princípio os envolvidos responderão pelos crimes de uso de documentos ideologicamente falsos às autoridades brasileiras, receptação, organização criminosa e até mesmo lavagem de dinheiro.

As investigações continuam em cooperação com a Interpol e a Europol.

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