Brasil e Espanha definem como vai ser investigação sobre turbulência que deixou feridos em voo

03 de julho 2024 - 11h40

Brasil e Espanha estudam se a investigação do incidente que deixou pelo menos 40 passageiros feridos em um voo da Air Europa, após uma turbulência, será feita em conjunto entre os países ou se será conduzida apenas pela autoridade investigadora espanhola, país onde opera a companhia aérea.

O avião fazia um voo de Madri (Espanha) para Montevidéu (Uruguai) e estava com 325 passageiros quando enfrentou a turbulência e precisou fazer um pouso de emergência em Natal na madrugada de segunda-feira (1º).

De acordo com o chefe da Assessoria de Segurança Operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Bernardo Tomaz de Castro, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) notificou a autoridade da Espanha para definir os rumos da investigação.

“O Cenipa, inclusive, já entrou em contato com a autoridade de investigação espanhola para decidir quem vai ficar responsável ou se farão a investigação de forma conjunta”, disse em entrevista à Inter TV Cabugi.

Bernardo de Castro explicou que, apesar do pouso de emergência ter sido em Natal, o incidente com a turbulência “muito provavelmente” aconteceu no espaço aéreo internacional, e não no brasileiro. Quando isso acontece, o país de origem da companhia aérea costuma ficar responsável pela investigação completa.

“Caso o incidente tenha ocorrido no espaço aéreo internacional, ele vai ser investigado pela autoridade daquele país que a empresa opera, nesse caso a Espanha. Se ele ocorreu em espaço aéreo brasileiro, aí ele vai ser investigado pelo Cenipa, aqui no Brasil”, explicou.

O Cenipa informou, em nota, que realizou uma “Ação Inicial” da ocorrência envolvendo o Boeing 787-9 Dreamliner, que pousou de urgência no Aeroporto Internacional de Natal após a turbulência que feriu pelo menos 40 passageiros.

“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, disse em nota.

O chefe da Assessoria de Segurança Operacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Bernardo Castro, explicou que o avião decidiu pousar em Natal após o incidente por ser a cidade mais próxima com um aeroporto com estrutura para receber a aeronave.

“Quando acontece algum incidente no voo, o avião tem que pousar no aeródromo, no aeroporto que seja, que tenha uma infraestrutura adequada pra recebê-lo. Nesse caso específico da Air Europa, que era um Boeing 787 com mais de 300 passageiros, o aeroporto mais próximo era o Aeroporto de Natal”, explicou.

G1 RN

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