Miguel Nicolelis prevê 1,3 milhão de novos casos de Covid por dia no Brasil

11 de Janeiro 2022 - 07h07

Velho conhecido dos potiguares, o neurocientista Miguel Nicolelis fez uma previsão alarmante sobre a situação da pandemia no Brasil para o final de 2022. Segundo ele, com a nova variante Ômicron, o País pode alcançar o índice de até 1,3 milhão de novas infecções por dia, "caso não haja medidas enérgicas para evitar novas transmissões".

As declarações foram dadas durante o podcast Diário do Front, programa gravado e divulgado nas redes sociais do cientista. A última edição foi publicada nesta segunda-feira (10) no Youtube, e destacada na coluna Janela Indiscreta, do Metropoles. 

A projeção, segundo Nicolelis, é baseada em estudo realizado pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, e leva em conta a estabilidade do índice de pessoas já vacinadas no Brasil com a primeira e a segunda dose da fórmula contra a Covid-19.

“Se nada for feito, se nós só ficarmos com o nível de vacina atual do brasileiro, que infelizmente está parado em 67% da população do país com duas doses – nível inferior ao do Reino Unido, que teve uma explosão de Ômicron – se nós não aumentarmos o uso de máscaras e isolamento social no Brasil, voltando com as restrições não farmacológicas que foram implementadas na primeira onda… Se nada disso for feito, os modelos da Universidade de Washington preveem a possibilidade real do Brasil chegar a 1,3 milhão de casos por dia até o final de março deste ano”, afirmou o neurocientista.

“Sugerindo novamente que as previsões que estão sendo espalhadas pelo Brasil, as narrativas que estão crescendo de que a pandemia pode acabar nos primeiros meses desse ano não computam, não parecem ter base nenhuma modelagem matemática respeitada. São opiniões. São opiniões que podem até se materializar, a gente não sabe. Evidentemente que pode ocorrer uma mutação que leve o coronavírus a se transformar num vírus endêmico com menos risco, menos transmissão e menos mentalidade, a possibilidade existe. Mas ela não é, neste instante, baseada em nenhum fato concreto, porque o que nós estamos vendo antes de qualquer coisa é o surgimento de outras variantes em diferentes partes do mundo”, emendou.
 

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