Delator de esquema do PCC com agentes de jogadores do Real Madrid e do Corinthians é morto em tiroteio no aeroporto

08 de Novembro 2024 - 17h29

O empresário Vinicius Gritzbach, responsável por delatar um suposto esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) com agentes de jogadores do Real Madrid e do Corinthians, foi morto em um tiroteio no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, nesta sexta-feira (8). O assunto foi comentado no programa Rádio Patrulha - link acima.

O ataque teria sido uma execução. Vinicius colaborou com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), expondo, também, informações sobre traficantes como Anselmo Cara Preta e Claudio Djoango, além de empresários suspeitos de envolvimento em sequestros.

A delação

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) possui em seu poder mensagens, contratos e o depoimento do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, que acusa dirigentes de empresas que gerenciam a carreira de jogadores de futebol de envolvimento em lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC).

No acordo de delação premiada, Gritzbach menciona o empresário Danilo Lima de Oliveira, conhecido como Tripa, da Lion Soccer Sports, que também teria vínculos com a UJ Football Talent. Outro empresário identificado pelo delator como parte do esquema de lavagem de dinheiro do PCC é Rafael Maeda Pires, apelidado de Japa do PCC, que supostamente esteve envolvido na gestão da FFP Agency Ltda, do empresário Felipe D'Emílio Paiva, até ser assassinado no ano passado.

As três empresas citadas na investigação têm relevância no mercado e já representaram ou ainda representam jogadores como Emerson Royal (Milan), Eder Militão (Real Madrid), Bremer (Juventus), Du Queiroz (Grêmio), e Igor Formiga (Novorizontino). Além deles, a investigação do MPE também inclui Gustavo Scarpa (Atlético-MG), Felipe Negrucci e Caio Matheus (ambos da base do São Paulo), Marcio Bambu (aposentado), Guilherme Biro (Corinthians), e Murillo (Nottingham Forest, ex-Corinthians). Todos esses atletas aparecem nas páginas oficiais das empresas investigadas como clientes.

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