Família de escrivã encontrada morta denuncia assédio durante funeral e fraudes no boletim de ocorrência
O pai da escrivã da Polícia Civil, Rafaela Drumond, encontrada morta pela família no início de junho, disse, nesta sexta-feira (7), que policiais o teriam pressionado durante o velório da filha para obter informações sobre momentos antes da morte dela. A denúncia foi feita durante audiência da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Rafaela Drumond foi encontrada morta na casa da família, em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes, no dia 9 de junho. O caso foi registrado como suicídio. Ela atuava na delegacia de Carandaí, na mesma região, e relatou assédio moral e sexual no trabalho.
Letícia Gamboge, chefe da Polícia Civil de MG, Reinaldo Felício Lima, Corregedor-Geral da Polícia Civil, e Luísa Barreto, secretária de Planejamento e Gestão, estão presentes na reunião, mas ainda não se pronunciaram sobre as denúncias.
Deputados, representantes do governo, entidades sindicais e a família da vítima participam da audiência.
Possíveis assediadores
Aldair disse que o delegado Itamar Cláudio Netto e o investigador Celso Trindade de Andrade são os responsáveis pelo assédio contra Rafaela. Mas vale lembrar que a escrivã não contou à família o que sofria dentro da delegacia. O pai reforçou que as informações sobre os assediadores estão nos áudios e vídeos deixados por Rafaela.
Os dois policiais foram transferidos de Carandaí para Conselheiro Lafaiete em 23 de junho.
Sugestão de exoneração
A família ainda denuncia omissão por parte do delegado. Em um dos áudios em que o g1 teve acesso e que fazem parte da investigação, Rafaela diz que o delegado a desencorajou a denunciar os problemas que enfrentava.
O celular da escrivã estão com a Polícia Civil.
Boletim de ocorrência
O pai de Rafaela ainda questionou o teor do boletim de ocorrência feito no dia da morte dela.
O g1 procurou a Polícia Civil e a Polícia Militar e aguarda retorno sobre as denúncias.
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