Idosa é resgatada após passar 72 anos em situação análoga à escravidão

13 de Maio 2022 - 10h54

Esta sexta-feira (13) completou 134 anos do fim da escravidão no Brasil. Contudo, mais de um século depois, pessoas vivendo em condição semelhante a de escravos continuam sendo encontradas pelo Ministério do Trabalho. E, mais do que números frios, as histórias de mulheres que passaram décadas vivendo como escravas, também emocionam e fazem a gente refletir sobre o tamanho da crueldade humana. 

O exemplo disso foi o caso mais recente que chocou a população brasileira: uma senhora de 84 anos viveu 72 anos em situação de exploração no Rio de Janeiro. Ela foi resgatada há dois meses, após uma denúncia anônima. Segundo o Ministério do Trabalho, a idosa passou a vida inteira trabalhando para a mesma família sem receber salários, nem tirava férias. Ela dormia no sofá da residência e ainda não tem a noção que ela foi escravizada.

Como disse no início da matéria, esse não foi o único caso. Antes, doméstica Madalena Santiago da Silva, negra, emocionou o brasil ao dizer que tinha vergonha em tocar a mão da reporter branca. Ela passou cinco décadas também vivendo como escrava, na Bahia. 

O Rio Grande do Norte também teve o seu caso. Em Mossoró, uma senhora de 49 anos foi resgatada após passar mais de 30 décadas vivendo em situação análago a de escravidão na casa de um pastor evangélico da Assembleia de Deus. Segundo o Ministério do Trabalho, além de ser encarregada de cuidar dos filhos do patrão, sem direito a férias ou salário, ela ainda era explorada sexualmente. 

Como esse, infelizmente, casos como esse continuam acontecendo. Só em 2021, o Brasil bateu recorde de registros, retirando 1.937 brasileiros retirados de situações degradantes, semelhantes a de escravizadas.
 

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