Jogadora potiguar lamenta eliminação do Brasil e agradece apoio do povo do Rio Grande do Norte
Representante do Rio Grande do Norte na Copa do Mundo Feminina, a zagueira Antonia lamentou a eliminação de forma precoce da Seleção Brasileira na fase de grupos da competição. Com o empate em 0 a 0 com a Seleção Jamaicana, o Brasil terminou a terceira colocação do seu grupo e consequentemente se despediu do Mundial na primeira fase.
Bastante emocionada com a eliminação, a defensora potiguar em entrevista concedida à CazéTV após o fim da partida, lamentou a eliminação da Seleção Brasileira, que é necessário respeitar esse momento e que é preciso trabalhar já visando as Olimpíadas de Paris no próximo ano.
"Fica um sonho. Apesar de não ter terminado como eu queria, mas fica ai um sonho que eu tinha muito de estar aqui. É muito doloroso porque a gente sabe que foi muito tempo se preparando pra isso. Quando você pensa que serão mais quatro anos para você estar aqui e realizar mais uma vez o seu sonho, dói muito. Mas fica o aprendizado que a gente não pode ter nada como garantido, a gente tem que lutar muito pra conseguir estar no topo e eu acredito que é isso. Respeitar esse momento, sentir a dor, mas trabalhar muito. O Brasil realmente tem muito talento pra tá muito longe, a gente não sabe o porque as coisas acontecem, o que que falta pra gente amadurecer e estar no topo, mas é isso. A vida tem que continuar e a gente tem que trabalhar muito pra voltar ano que vem nas Olimpíadas muito mais fortes, muito mais preparadas", avaliou a zagueira.
"Realmente não sei, faltou talvez dar mais, buscar mais, são muitas perguntas e às vezes a gente não tem as respostas. Mas o aprendizado que fica é que a gente não pode ter nada como garantido, tem que lutar até o fim. A gente tem que pôr a garra que a gente tem dentro de campo, eu acho que acredito que é isso. Faltou algo mais, faltou colocar a bola pra rede talvez, o peso de ser a primeira (Copa do Mundo) pegou muito pra muita gente, até pra mim. Acredito que foi um momento assim que eu não esperava sentir tanto, mas é isso. A gente tem que realmente dar valor a força que é esse Mundial, ter o respeito e trabalhar, por tudo dentro de campo, que quem sabe na próxima que a gente saia muito mais feliz do que a gente tá saindo agora", comentou Antonia.
Natural de Riacho de Santana, onde recebeu homenagem com sua imagem pintada no muro da sua casa segurando a bola da Copa e escrito “Riacho de Antonia” ao lado, agradeceu o apoio que recebeu do povo do Rio Grande do Norte durante a disputa da Copa, que ela gostaria de ter retribuído em campo todo o carinho recebido.
"Acredito que a dor maior é isso, vê o tanto de carinho que o pessoal teve comigo, com a minha família, tudo que eles fizeram por mim e eu não pude retribuir dentro de campo. Acho que essa é a parte mais dolorosa, saber que tanta gente se entregou pela gente e infelizmente a gente não pôde colocar isso dentro de campo. Mas é gratidão, acredito que Deus sabe de todas as coisas e a gente ergue a cabeça e dá a volta por cima nesse momento tão doloroso", disse a potiguar de Riacho de Santana.
O Brasil foi eliminado pela terceira vez na fase de grupos na história das Copas do Mundo, algo que não acontecia desde 1995 e ocorreu pela primeira vez em 1991.
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