Megaoperação na Europa investiga suposta corrupção na compra de armas pelo Brasil

01 de julho 2024 - 06h44

Uma megaoperação, que mobilizou 65 policiais e 12 procuradores, especializados em crimes financeiros, cumpriu de quarta (26) a sexta-feira (28) mandados de busca e apreensão em escritórios da fabricante francesa de armamentos Thales na França, Holanda e Espanha. Uma fonte confirmou neste sábado (29) à emissora de televisão francesa BFMTV, afiliada da CNN,​ que as buscas foram feitas na semana passada “no âmbito de duas investigações preliminares”.

A notícia é da CNN Brasil. A ação foi coordenada pela Agência de Cooperação Criminal da União Europeia (Eurojust). O foco das investigações é a corrupção de funcionários brasileiros, ainda não identificados, na aquisição de equipamentos da Thales.

A investigação está dividida em duas fases. A primeira, já conhecida, foi aberta no final de 2016, e envolve os crimes de corrupção de funcionário público estrangeiro, corrupção privada, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, na venda de submarinos e construção da base naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

A segunda fase, só agora revelada, foi aberta em junho de 2023, segundo fonte judicial ouvida pela afiliada francesa da CNN.

De acordo com Roberto Caiafa, correspondente no Brasil do Infodefensa, portal espanhol de notícias de defesa, já havia denúncias em relação ao programa de submarino brasileiro Prosub. Ainda segundo ele, as novas suspeitas recaem sobre o fornecimento ao Brasil de radares fabricados pela Thales na cidade de Hengelo, na Holanda.

Além disso, o presidente Lula, no seu segundo mandato, decidiu comprar equipamentos fabricados pela Thales em parceria com a italiana Alenia Space para a construção, em Cannes, na França, do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas 1 (SGDC-1).

 

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