Irmãos Brazão e Rivaldo indicam Paes e Eduardo Cunha como testemunhas no caso Marielle

02 de julho 2024 - 16h09

Os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa apresentaram ao Supremo Tribunal Federal um rol de testemunhas para serem ouvidas no caso Marielle Franco. Pelo menos 67 pessoas foram indicadas. Chiquinho, por exemplo, indicou o prefeito Eduardo Paes. Já Domingos indicou o ex-deputado Eduardo Cunha. O ministro Alexandre de Moraes ainda vai decidir se elas poderão ser ouvidas.

Nos pedidos, há ainda um general de Exército, delegados, inspetor de Polícia,Engenheiro Civil, contador, advogado e parlamentares. No pedido, a defesa de Chiquinho diz que tem enfrentado “severas dificuldades no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados para produzir provas”, exatamente porque as testemunhas são apenas convidadas e têm o direito de recusar a presença.

“Ora, se até mesmo a Câmara dos Deputados enfrenta dificuldade para ouvir testemunhas a partir de convites despidos de compulsoriedade, é possível presumir que maiores ainda serão as dificuldades encontradas pela defesa para apresentar em audiência diversas pessoas sem vínculos de amizade e autoridades com as quais nem mesmo o defendente tem contato”, diz a defesa do parlamentar.

Já a defesa de Domingos disse que as testemunhas são funcionários públicos que devem ser requisitados, muitas outras o conselheiro jamais teve contato, de forma que exigir sejam apresentadas para depor importará em grave e insuperável prejuízo ao exercício da defesa.

A defesa de Rivaldo pediu ao STF para determinar à Penitenciária Federal em Brasília que viabilize a participação dele em todos os atos processuais, acompanhado de seus advogados.

Apontados como mandantes do crime, os três foram presos em março em uma operação da Polícia Federal, com participação da PGR e do Ministério Público do Rio de Janeiro. Autor dos disparos que mataram Marielle e Anderson, o ex-policial militar Ronnie Lessa afirmou em delação premiada que Chiquinho, Domingos e Rivaldo tiveram participação no assassinato.

De acordo com Lessa, o crime seria uma vingança contra o ex-deputado estadual Marcelo Freixo, para quem Marielle trabalhou como assessora. Na última sexta-feira (7), o Moraes autorizou a transferência de Ronnie Lessa da penitenciária federal de Campo Grande para o presídio de Tremembé, em São Paulo. Além disso, o ministro tirou o sigilo da delação do ex-policial.

R7

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