Ministério da Saúde confirma duas mortes por oropouche

25 de julho 2024 - 16h25

O Ministério da Saúde confirmou o registro de duas mortes por febre oropouche no Brasil. A pasta afirmou em nota que, até o momento, não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbito pela doença.

Os casos registrados são de mulheres com menos de 30 anos e que não tinham comorbidades. Segundo a pasta, elas apresentaram sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

Outra morte em Santa Catarina segue em investigação e também pode estar relacionada à doença. No Maranhão, foi descartado um quarto óbito.

As análises são sendo feitas pelas secretarias estaduais de saúde e especialistas, com o acompanhamento do Ministério da Saúde, para concluir se há relação entre a febre do oropouche e casos de malformação ou abortamento.

Entre as recomendações do governo federal, estão a de intensificar a vigilância na gestação e o acompanhamento dos bebês de mulheres que tiveram suspeita clínica.

O governo reforça ainda que acompanha a situação nos estados por meio de visitas técnicas, investigação in loco, busca ativa e pesquisa vetorial em apoio a resposta local dos estados e municípios.

Desde o ano passado, o Ministério da Saúde disponibiliza testes diagnósticos para toda a rede nacional de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).

Isso ajuda a explicar porque casos até então concentrados na região Norte, passaram a ser identificados também em outras regiões do país.

Em 2024, foram registrados 7.236 casos de febre do oropouche, em 20 estados brasileiros. A maioria dos casos foi registrada no Amazonas e Rondônia.

A febre do oropouche é causada pelo vírus orthobunyavirus oropoucheense.

A principal forma de transmissão é pelo mosquito pólvora, mas há outros tipos de mosquistos que também podem transmitir o microorganismo.

Segundo o Ministério da Saúde, o microorganismo foi detectado pela primeira vez no Brasil em 1960, durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Ele foi identificado em uma amostra de um bicho-preguiça e, desde então, houve registros de casos isolados e surtos mais localizados em estados da região amazônica.

CNN

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