Motoboy tenta recuperar moto tomada de assalto, mas esbarra em ausência de delegado e greve na Polícia Civil

O motoboy Deyvid Aleksandro, que teve sua motocicleta tomada de assalto no dia 26 de janeiro, busca há oito dias tentar retirá-la do pátio da Delegacia de Plantão da zona Sul e não consegue obter a liberação.

Conforme informado por Deyvid, com exclusividade ao Portal 96, desde o dia 3 deste mês o automóvel foi encontrado, porém não foi devolvido. Segundo o motoboy, o motivo teria sido a ausência de algum delegado para assinar o documento que pode permitir que Deyvid leve novamente sua moto para casa.

"Não fui nem informado que tinham encontrado. Vi em uma página de notícias nas redes sociais. Fui buscar, esperei horas na delegacia e o problema não foi resolvido. Diziam a toda hora que precisavam de uma assinatura do delegado, mas ele nunca estava", contou.

Dependente do automóvel para trabalhar, Deyvid acionou o seguro do veículo. Pelo fato de a motocicleta ter sido encontrada, a seguradora já está cobrando um valor de R$ 50 a diária do veículo reserva que foi disponibilizado para o motoboy. Baseado nos oito dias que a moto foi encontrada, Deyvid já contabiliza um débito de R$ 400.

O pior é que a situação ainda pode se agravar mais. Com a greve dos policiais civis, por conta de um desacordo entre a corporação e o Governo do Rio Grande do Norte, o motoboy pode ficar ainda mais dias no aguardo da liberação do seu veículo.

Em contato com a Polícia Civil, a Reportagem apurou que, em todas as ocasiões que Deyvid foi à delegacia, o automóvel deveria ter sido liberado e um delegado estar presente no local. Caso contrário, uma denúncia deve ser feita para apurar a situação e, se necessário, tomar medidas cabíveis com as pessoas que são responsáveis pelo expediente. Ainda conforme a Polícia, no momento, por conta da paralisação, talvez haja uma dificuldade maior para poder retirar a moto.