Pelo menos 19 unidades federativas vão manter escolas cívico-militar; RN ainda avalia

14 de julho 2023 - 08h29

A extinção do Pecim (Programa de Escolas Cívico-Militares) pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) deve ter poucos efeitos práticos na maioria das unidades da Federação. Levantamento do Poder360 mostra que, das 27 UFs, só Alagoas confirmou que encerrará por completo a participação de militares. Ao menos 19 pretendem manter ou readequar o modelo e 7 ainda não decidiram.

Até 2022, segundo dados do Ministério da Educação, 200 escolas em todo o país aderiram ao Pecim, com um total de 120 mil alunos atendidos. A maior parte (54 unidades), na região Sul.

Entre os governadores, quem se posicionou mais firmemente sobre o fim do programa do governo federal foram aqueles eleitos com apoio de Bolsonaro.

Foi o caso, por exemplo, de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que disse que editará um decreto para regular seu próprio programa. É o que já acontece no Distrito Federal, governado por Ibaneis Rocha (MDB-DF) e em Santa Catarina, onde Jorginho Mello (PL).

Já os governadores Ratinho Junior (PSD-PR) e Romeu Zema (Novo-MG) também pretendem implementar um modelo próprio.

O desejo de manter o programa funcionando, no entanto, não é só de governadores alinhados a Bolsonaro. No Maranhão, Carlos Brandão (PSB) –eleito com o apoio do atual ministro Flávio Dino (Justiça)– pretende manter o modelo.

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