O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) quer que a primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, e a atual ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, sejam investigadas por possível improbidade administrativa e propaganda eleitoral antecipada, em razão do pronunciamento de Dia das Mães, nesse domingo (8).
Menos de 24 horas após o discurso, feito em cadeira nacional de rádio e TV, o petista protocolou, na manhã desta segunda-feira (9/5), representação contra as duas na Procuradoria-Geral da República (PGR), pedindo ao chefe do órgão, Augusto Aras, a abertura de inquérito.
Falcão alega que a primeira-dama não poderia, e nem teria motivo, para participar da mensagem à nação convocada por uma ministra de Estado. Na avaliação do parlamentar, a razão não poderia ser outra, senão fazer propaganda eleitoral para o marido, o presidente Jair Bolsonaro.
“Michelle Bolsonaro é apenas primeira-dama e Presidente de um Conselho que trata de políticas públicas relacionadas ao Trabalho Voluntário. Não existe, com o máximo respeito, qualquer razão jurídica para que tivesse protagonismo na mensagem de Dia das Mães”, justifica o petista.
O deputado ainda lembra em seu pedido que Michelle foi escalada pela campanha de Bolsonaro para ajudar a reduzir a rejeição do atual presidente da República entre as mulheres.
“Foi para atingir essa finalidade eleitoreira que Michelle Bolsonaro, a Primeira-Dama, se apresentou com uma mãe sensível, como uma mulher conhecedora das dificuldades de tantas mães brasileiras e que poderia, justamente por isso, atuar em benefício das eleitoras influenciado seu marido na tomada de decisões que favoreçam as brasileiras”, diz.
Falcão, que foi presidente nacional do PT até 2017, será o coordenador de comunicação da campanha do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto este ano junto ao prefeito de Araraquara (SP) e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência no governo Dilma Rousseff, Edinho Silva.
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