PF desmonta esquema de casal que fingia ser engenheiro e arquiteta

20 de Outubro 2023 - 11h46

De acordo com informações da PF, as investigações mostraram indícios de que um casal teria falsificado diploma e histórico escolar dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo. Com os certificados fraudulentos, a dupla teria obtido autorização do Crea-CE e do CAU- CE para atuar profissionalmente, trabalhando, de forma ilegal, como arquiteta e engenheiro em diversas obras.

“Esse suspeito de atuar como engenheiro atuava exatamente no Eusébio, em condomínios. E a falsa arquiteta tinha um endereço [de atendimento] na Praia do Futuro. Eles tinham uma sociedade aqui em Fortaleza, mas atuavam também nesses condomínios”, explicou Alan Robson Alexandrino, chefe da Delegacia Regional de Polícia Judiciária.

Cumprindo dois mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19), uma operação em Fortaleza e no Eusébio, no Ceará. O objetivo da investigação, iniciada no ano passado, é desarticular um esquema de fraude de documentos que permitiu que os envolvidos conseguissem autorização dos Conselhos Regionais de Engenharia (Crea-CE) e Arquitetura (CAU/CE) para atuar ilegalmente.

De acordo com informações da PF, as investigações mostraram indícios de que um casal teria falsificado diploma e histórico escolar dos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo. Com os certificados fraudulentos, a dupla teria obtido autorização do Crea-CE e do CAU- CE para atuar profissionalmente, trabalhando, de forma ilegal, como arquiteta e engenheiro em diversas obras.

“Esse suspeito de atuar como engenheiro atuava exatamente no Eusébio, em condomínios. E a falsa arquiteta tinha um endereço [de atendimento] na Praia do Futuro. Eles tinham uma sociedade aqui em Fortaleza, mas atuavam também nesses condomínios”, explicou Alan Robson Alexandrino, chefe da Delegacia Regional de Polícia Judiciária.

Durante o cumprimento dos mandados, expedidos pela Justiça Federal, agentes encontraram a documentação suspeita na residência dos acusados. 

“Os suspeitos optaram por permanecer em silêncio e negaram atuar como engenheiro e arquiteta, mas as provas, [presentes] no inquérito policial que está em curso, apontam fortes indícios dessa atuação. Inclusive, em redes sociais, com publicações sobre essa atuação profissional”, revelou o delegado.

Apreendido, o material passará por perícia, enquanto os investigadores à frente do caso analisam a possível participação de outros indivíduos no esquema. Vale lembrar que o andamento da apuração policial será compartilhado com os conselhos profissionais afetados.

Caso a infração seja confirmada, os acusados podem responder por falsidade ideológica e uso de documento falso, crimes que resultam em penas de até 10 anos de prisão e multa, conforme informado pela corporação. 

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