A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (6/5) a Operação Midas do Cerrado. O objetivo é investigar organização criminosa que há mais de dois anos usaria as redes sociais a fim de obter lucros milionários, em detrimento de vítimas que são induzidas a acreditar em investimentos altamente lucrativos. O retorno prometido pelos golpistas seria de 10% ao dia, configurando um típico esquema de pirâmide. A suspeita é de que a quadrilha tenha movimentado mais de R$ 10 milhões.
São cumpridos sete mandados de busca e apreensão e 10 medidas cautelares diversas de prisão, nas cidades de Palmas (TO) e Porto Nacional (TO). A operação envolveu mais de 30 policiais federais.
A investigação teve início em 2021. Os policiais identificaram que os suspeitos praticavam diversos crimes, auto intitulando-se traders, como se fossem investidores acima da média, o que não eram.
O grupo utilizava uma plataforma que teria sede nas Ilhas Seychelles e não possuiria autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar no Brasil. Além disso, usava robôs, operando em contas de terceiros, praticando um sistema de pirâmide a fim de lucrar em cima do prejuízo de diversas vítimas, que lhes seguiam e repassavam dinheiro para que fosse investido, acreditando em ganhos estratosféricos prometidos pelos investigados.
O grupo criminoso fazia propaganda e ostentava um alto padrão de vida nas redes sociais, com fotos de carros que tem valores próximos a R$ 1 milhão, buscando novas vítimas que viessem para a base da pirâmide.
Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas passam de 25 anos de reclusão.
Midas do Cerrado
O nome da operação faz alusão ao emblemático personagem da mitologia grega, cujo principal atributo seria conseguir transformar em ouro tudo aquilo que tocava.
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