RN volta a registrar crescimento da covid-19, aponta levantamento da Fiocruz

27 de Maio 2022 - 11h44

O Brasil apresentou um aumento de casos de Covid-19 em todas as regiões durante a última semana epidemiológica, entre 15 e 21 de maio. Os dados do Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgados nesta quinta-feira (26), mostram que aproximadamente 48% dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram decorrentes da doença. Além disso, 84% das mortes por SRAG também estão relacionadas ao coronavírus, divulgados pela CNN Brasil.

Na análise regional, os pesquisadores destacam que 18 das 27 unidades federativas do país apontaram crescimento a longo prazo, ou seja, nas seis semanas anteriores. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Apesar dos números serem referentes a um período de sete dias, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, ressalta que essa tendência já vem se repetindo há algum tempo. “Essa propensão vem sendo observada desde a semana epidemiológica de 24 a 30 de abril”, explica, acrescentando que “a estimativa é de 6 mil casos de SRAG na semana epidemiológica de 15 a 21 de maio”.

O pesquisador afirma ainda que o cálculo pode ter uma margem de erro. “Trabalhamos com estimativa para as semanas recentes, para compensar o atraso de digitação dos dados no sistema. Ou seja, estimamos que ocorreram 6 mil novos casos na semana 20, podendo variar entre 5,3 e 6,9 mil”, conclui.

Já entre as capitais, 20 das 27 cidades também mostraram indícios de crescimento de casos. As exceções ficaram com Belo Horizonte (MG), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Maranhão (MA), João Pessoa (PB), Porto Velho (RO) e Florianópolis (SC).

Até agora, no ano epidemiológico, a Fiocruz já notificou 141.808 casos de SRAG. Dentre os resultados positivos, 81,5% eram de SARS-CoV-2, nome técnico do vírus causador da Covid-19. Outros 5,1% de Influenza A e 0,1% de Influenza B, dois vírus responsáveis da gripe. Por fim, 8,1% das ocorrências eram de vírus sincicial respiratório (VSR).

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